Gestão e Qualidade | 20 de dezembro de 2019

O planejamento estratégico que consolida o Hospital Moinhos de Vento entre os melhores da América Latina

Superintendente Mohamed Parrini analisa o modelo de gestão e apresenta os próximos passos da instituição
O planejamento estratégico que consolida o Hospital Moinhos de Vento como 11º melhor hospital da América Latina

Apesar dos desafios impostos pelo mercado, o Hospital Moinhos de Vento tem motivos para se orgulhar em 2019. O Hospital foi eleito o 11º melhor hospital da América Latina (3º melhor do Brasil) em ranking da revista América Economia Intelligence. Além disso, a instituição investiu mais de R$ 250 milhões em iniciativas nos últimos quatro anos, e a previsão é de R$ 900 milhões de faturamento no ano de 2019.

As diretrizes do Moinhos, que atualmente possui três áreas de foco prioritário, a avaliação do mercado da saúde e perspectivas para o futuro foram analisadas pelo superintendente executivo, Mohamed Parrini, primeiro entrevistado da série especial de final de ano do Portal Setor Saúde, que conta com a participação de executivos de saúde de hospitais e operadoras de planos de saúde do Rio Grande do Sul.

Faturamento de R$ 900 milhões e crescimento orgânico

O superintendente executivo analisou que tanto o mercado da saúde quanto a economia brasileira encontram-se em um cenário desafiador. Além disso, Parrini acrescenta novas tendências que ganharam força no mercado da saúde em 2019, como fusões, aquisições e verticalização. “Mesmo diante desse contexto, o Hospital Moinhos de Vento teve um bom desempenho no ano. Nossa previsão é finalizar 2019 com um faturamento anual de R$ 900 milhões. Foi um crescimento orgânico, sem fusões e aquisições, focado em diversas melhorias nos modelos de governança e gestão, além de projetos estruturados e estratégicos aprovados pelo Conselho de Administração”, afirma.

Superintendente médico do Hospital Moinhos de Vento, Luiz Antonio Nasi; Superintendente administrativo do Hospital Moinhos de Vento, Evandro Luis Moraes; Superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini; e o Chefe do serviço de pediatria do Hospital Moinhos de Vento, João Krauzer

Superintendente médico do Hospital Moinhos de Vento, Luiz Antonio Nasi; Superintendente administrativo do Hospital Moinhos de Vento, Evandro Luis Moraes; Superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini; e o Chefe do serviço de pediatria do Hospital Moinhos de Vento, João Krauzer

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11º melhor hospital da América Latina e investimentos realizados

“O fato é que, mesmo em um momento de crise no país, decidimos crescer. E isso se refletiu em reconhecimento: somos considerados, segundo o ranking da América Economía Intelligence, o 11º melhor hospital da América Latina. Entre as instituições brasileiras, estamos em 3ª lugar”, comemora Mohamed.


O superintendente executivo do Moinhos destaca que, nos últimos quatro anos, mais de R$ 250 milhões foram destinados a diversas iniciativas. “Nossos investimentos ocorreram focados em diversas áreas, como o novo prédio de internação, com mais cem leitos, incluindo a nova UTI especializada em reabilitação e um andar exclusivo para transplantes e pacientes onco-hematológicos. E seguimos nessa linha em 2019, com investimentos no Núcleo de Cirurgia Robótica, no segundo sistema TrueBeam e na nova Emergência Pediátrica e no Centro de Fertilidade, entre outros projetos”, revela.


Lançamento do Núcleo de Cirurgia Robótica ocorreu em março

Lançamento do Núcleo de Cirurgia Robótica ocorreu em março

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Diretrizes do ciclo estratégico 2017-2021

Parrini explica que o Hospital Moinhos de Vento se encontra em meio a um ciclo estratégico de cinco anos, que mapeou diretrizes e valores para guiar o período entre 2017 e 2021. “Portanto, o próximo ano seguirá nessa linha, com o cuidado centrado no paciente e o valor baseado em desfechos clínicos. Alinhados a esse planejamento, seguimos acreditando que o setor saúde está em constante transformação no Brasil e no mundo”, destaca.


 A evolução das tecnologias e as novas tendências em modelos de cuidado são analisadas dentro do ciclo estratégico em andamento. “Vemos a revolução tecnológica da medicina como uma grande oportunidade, não apenas para a comunidade médica, mas para toda a economia. É um verdadeiro marco para a sociedade. E seguiremos atentos aos novos modelos no cuidado que surgirão nos próximos anos. Por isso mesmo, o próprio ciclo estratégico que estamos atravessando traz projetos que promovem o desenvolvimento de tecnologias em saúde e o cuidado da saúde de população”, ressalta.


Ciclo de investimentos em ensino, pesquisa e assistência

O planejamento estratégico estabelecido pelo Moinhos está no seu segundo ciclo, de acordo com Parrini. Três áreas receberão investimentos no próximo ano, porém conforme o superintendente, o Hospital seguirá observando e discutindo oportunidades emergentes, inclusive em outros campos, desde que estejam alinhadas ao propósito da organização. “No atual período, há um foco especial em três áreas: ensino, pesquisa e assistência. Para isso, contamos com projetos voltados à medicina e assistência de excelência, alta complexidade, gestão e processos, captação e retenção de talentos, sustentabilidade e inovação. Observamos oportunidades emergentes nesses e em outros campos, e seguiremos investindo naquilo que ajudar a instituição a atingir o seu propósito: cuidar de vidas”, afirma.

Aperfeiçoar o cuidado com o paciente utilizando inteligência artificial, novas tecnologias, análise de dados e melhorias de gestão

“Cada vez mais, nosso setor terá de responder à seguinte pergunta: como aperfeiçoar o cuidado com o paciente utilizando inteligência artificial, novas tecnologias, análise de dados e melhorias de gestão? A tecnologia não é apenas uma tendência mundial: é uma realidade que está posta. Muito daquilo que antes era ficção científica já se materializa e oferece resultados, e essas tendências citadas na pergunta são exemplos disso”, reflete o executivo.


Parrini ressalta que a atuação do Moinhos para lidar com as novas tendências foi feita com ações de constante diálogo com o mercado, em que foram levadas reflexões sobre o futuro do setor, antecipando tendências e buscando novos conhecimentos. “Tudo isso foi feito tendo o paciente como centro. Promovemos eventos que reuniram diversos atores do mercado, com executivos e gestores públicos e privados do Brasil e do mundo. Foram encontros como o 1º Summit da SaúdeHealth ExperienceO Futuro da Saúde [em parceria com a Harvard Business Review] e muitos outros, além dos nossos Grand Rounds”, exemplifica.

 “São ações que demonstram que o Moinhos de Vento está no caminho certo, seguindo em uma posição de protagonismo e referência em gestão com foco em tecnologia e inovação”, complementa.


EventosMoinhos2019

Cooperação diante das transformações na saúde

Sobre as transformações na saúde (como adoção de novos modelos de remuneração e a criação de redes), Parrini defende uma atuação cooperativa, debatendo e propondo mudanças. “Costumo dizer que nós, hospitais, não somos o centro de um Sistema Solar. Nós integramos um sistema, e esse sistema tem no centro o paciente. Nós somos apenas os satélites. Pois esse sistema está em constante transformação, e uma palavra-chave nesse sentido é cooperação”, afirma.


Nesse debate, o superintendente executivo enxerga que o Moinhos de Vento não deixa de ser uma rede de cooperação que integra profissionais das mais diversas áreas. “Unimos corpo clínico e assistencial na busca permanente da cura, do cuidado, do acolhimento humanizado. Oferecemos o que há de mais moderno em tecnologia e conhecimento, para também ser parte dessa cadeia a serviço da saúde”, explica.


Parrini ainda frisa que a instituição segue sempre atenta às mudanças e inclusão de novas tendências. “Muitos dos eventos que promovemos, ou participamos, indicaram novos modelos para a saúde – que, como em qualquer outro setor, não pode se dar ao luxo de permanecer sem mudanças. E o Moinhos de Vento é protagonista nessa busca constante.”

Centro de Fertilidade do Hospital Moinhos foi inaugurado em novembro

Centro de Fertilidade do Hospital Moinhos foi inaugurado em novembro

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 “Pessoas certas ao nosso lado”

“Vivemos um momento especial no hospital, e isso só é possível porque temos as pessoas certas ao nosso lado. Ao fim e ao cabo, o Moinhos de Vento é isso: um capital humano riquíssimo, que faz o seu melhor porque é parte de uma instituição que reflete princípios e ideais de humanidade, carinho, respeito e amor”, afirma.

Parrini destaca que a instituição tem como foco promover um ambiente favorável para todos os trabalhadores. “Somos o terceiro melhor hospital para se trabalhar no país, segundo o ranking Great Place to Work. Isso é motivo de orgulho e de grande responsabilidade. Cada vez mais, queremos oferecer um ambiente favorável para os colaboradores crescerem e, assim, todos evoluirmos juntos”, ressalta.


Para o próximo ano, as metas já estão bem traçadas. “Que 2020 consolide ainda mais nosso propósito e avance firme na direção do nosso centenário. Do corpo clínico às equipes de apoio e assistenciais, a dedicação, o cuidado, o carinho e a excelência seguirão sendo nossos compromissos para seguir redefinindo o impossível”, finaliza.


Mohamed Parrini

Economista formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com Mestrado em Filosofia pela PUCRS na Área de Metafísica e Epistemologia, e extensão executiva na área de Estratégia pela Harvard Business School (EUA). Foi diretor para a América Latina da Rede Hoteleira Starwood & Sheraton Hotels, com passagem pela consultoria Arthur Andersen. Há 11 anos, assumiu a Superintendência de Operações e Finanças do Hospital Moinhos de Vento. Desde março de 2016, ocupa o cargo de Superintendente Executivo (CEO) da instituição. Em 2019, presidiu o Conahp (evento da ANAHP); e recebeu o prêmio Destaques da Saúde como CEO do Ano, promovido pela FEHOSUL/AHRGS e SINDIHOSPA.

Parrini foi homenageado pela FEHOSUL/AHRGS e SINDIHOSPA com CEO do Ano

Parrini foi homenageado pela FEHOSUL/AHRGS e SINDIHOSPA como CEO do Ano

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Confira as datas das entrevistas e acompanhe:

DEZEMBRO

20 – Mohamed Parrini (Hospital Moinhos de Vento – Porto Alegre)

21 – Fernando Pedroso (Hospital Regional Santa Lúcia – Cruz Alta)

22 – Leandro Firme (Hospital São Lucas da PUCRS – Porto Alegre)

23 – Claudiomiro Carus (Hospital de Caridade – Erechim)

26 – Júlio Matos (Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre)

27 – Hilton Mancio (Hospital Tacchini – Bento Gonçalves)

28 – José Clóvis Soares (Hospital Divina Providência –  Porto Alegre)

29 – Ilário Jandir de David (Hospital São Vicente de Paulo – Passo Fundo)

30 – Jorge Bajerski (Hospital de Clínicas de Porto Alegre)

JANEIRO

2 – Ângela Perin (Hospital Dr Astrogildo de Azevedo – Santa Maria)

3 – André Cecchini (Grupo Hospitalar Conceição – Porto Alegre)

4 – Cleciane Simsem (Hospital Virvi Ramos – Caxias do Sul)

5 – Fernando Barreto (AESC/Hospital Mãe de Deus – Porto Alegre)

6 – Odacir Rossato (Hospital Ernesto Dornelles – Porto Alegre)

7 – Mauro Borges (Centro Clínico Gaúcho)

8 – Flávio Vieira (Unimed Porto Alegre)

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