Mundo | 25 de outubro de 2013

Pesquisa desmitifica o consumo de gordura

Estudo britânico revela que o consumo de alimentos como carne vermelha e manteiga não é tão prejudicial como se pensava
Pesquisa desmitifica o consumo de gordura

A gordura saturada, encontrada em produtos como manteiga, leite e carne vermelha, é apontada como grande causadora de doenças cardiovasculares. Desaconselhado por médicos e nutricionistas, o consumo não é tão prejudicial à saúde como se pensava até então, de acordo com recente pesquisa publicada pelo British Medical Journal.

O cardiologista britânico, Aseem Malhotra, garante que a ingestão das gorduras ditas leves também aumenta o risco de doença cardiovascular. A obsessão da população por produtos lights e desnatados acontece pelo medo de engordar, o que acaba sendo mais prejudicial, já que estes alimentos teoricamente mais saudáveis são ricos em açúcares.

Segundo Malhotra, a indústria alimentícia tende a substituir a gordura retirada dos alimentos com adoçantes e açúcares, para compensar a falta de sabor. As evidências científicas mostram que esse é um fator de risco de desenvolvimento da síndrome metabólica. De fato, 75% das pessoas que chegam a hospitais do Reino Unido após um derrame têm “níveis de colesterol completamente normais”, diz o cardiologista.

É importante diferenciar as gorduras trans (encontradas em fast foods, margarina, entre outros), que são prejudiciais, e a gordura do leite, queijo e da carne, que não representam um risco para saúde, como foi mostrado por esta pesquisa. O consumo de produtos lácteos, além de conter vitamina D, é necessário para evitar riscos de doença cardíaca, graças ao cálcio e fósforo, que reduzem a pressão arterial.

A pesquisa revela, ainda, que médicos têm prescrito excessivamente medicamentos com grades quantidades de estatinas para reduzir a gordura no sangue, independentemente dos efeitos colaterais. Malhotra é um dos diversos especialistas que defendem uma alimentação saudável, ao invés de recorrer a remédios. “Adotar a dieta mediterrânea após um ataque do coração é quase três vezes mais eficaz do que tomar um fármaco para reduzir a mortalidade”, alerta.

 

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