Estatísticas e Análises | 2 de outubro de 2024

Hospital Sírio-Libanês lança estudo inédito sobre riscos de medicamentos para pacientes idosos

“Os idosos têm necessidades específicas que exigem um olhar diferenciado”, afirma Pedro Curiati, médico Geriatra do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital e responsável pelo estudo sobre os perigos de medicamentos potencialmente inapropriados na terceira idade e seus impactos na saúde pública.
Hospital Sírio-Libanês lança estudo inédito sobre riscos de medicamentos para pacientes idosos

Dados do Censo 2022 apontam um aumento de 39,8% no período de 2012 a 2021 do número de brasileiros acima dos 65 anos. A expectativa é que este número passe de 33 milhões em 2023 para 75,3 milhões em 2070, o que acarreta uma maior carga de doenças na população e, com isso, a necessidade de adequações nos cuidados para essa parcela.


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“Os idosos têm necessidades específicas que exigem um olhar diferenciado”, afirma o médico Geriatra do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital SírioLibanês, Pedro Curiati, responsável por um estudo inédito sobre os perigos de medicamentos potencialmente inapropriados (PIMs) na terceira idade e seus impactos na saúde pública. “O uso desses medicamentos, por exemplo, pode agravar o quadro clínico e aumentar os custos para o sistema de saúde”, completa Curiati.


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Para o estudo, foram analisadas 15 mil internações de pessoas com 60 anos ou mais, utilizando um sistema de suporte à decisão clínica integrado ao prontuário eletrônico dos pacientes, que utiliza inteligência artificial para gerar alertas sobre a segurança e o uso correto de medicamentos.


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Durante a pesquisa, foram avaliados os alertas relacionados a PIMs para idosos e sua associação com os riscos clínicos dos pacientes internados, destacando os impactos dessas intervenções na saúde pública e nos custos hospitalares. Os resultados apontaram que 71,8% dos pacientes apresentaram pelo menos um alerta de uso de PIMs.


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O Geriatra explica que o foco do estudo foi entender se os alertas gerados identificavam pacientes com maior risco e como isso se associava às suas evoluções clínicas.

“Pacientes cujas prescrições acionaram esses alertas tendem a ter internações mais prolongadas, incluindo complicações, além de mais eventos adversos, como quedas, confusão mental e até morte”, explica Curiati.

O estudo evidencia a necessidade dos sistemas de saúde se adaptarem e modernizarem para melhor atender os idosos. É o que analisa o especialista, argumentando que o cuidado com pessoas acima de 65 anos tem particularidades que não se aplicam a pacientes mais jovens. “Eles têm mais doenças concomitantes, maior uso de medicamentos, e são mais vulneráveis a eventos adversos”, completa.

 



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