Fusões em saúde: sucesso depende da integração das lideranças
Quando a união de hospitais e sistemas de saúde ocorre, exemplo de organização tem de vir de cima
Quando se trata de fusões e aquisições em saúde, hospitais e sistemas devem, de fato, se unir em todos os níveis, começando pelo alto escalão.
Cada uma das organizações envolvidas na fusão envolve seus executivos e lideranças, mas unir as equipes pode se tornar o principal desafio da trajetória destas organizações, implicando inclusive no sucesso da empreitada. É o que pensa Jeff Jones, diretor-gerente da empresa de consultoria Huron Consulting Group, com sede em 16 cidades nos Estados Unidos e 3 na Índia, em um artigo publicado no Hospitals & Health Networks.
Divisão de responsabilidades
Para garantir uma transição mais “suave”, o especialista aconselha que as organizações estabeleçam claramente o papel de cada envolvido, logo no início do processo. “Por exemplo, os líderes devem definir e dividir as responsabilidades com o conselho de administração, com os gestores/administradores do processo de fusão e com a governança, para evitar a duplicação”.
Um erro comum que os sistemas de saúde cometem é incluir as lideranças de cada um dos hospitais, na nova diretoria, diz Jeff Jones. “O sistema tem de mostrar explicitamente que está implementando uma avaliação rigorosa das suas próprias funções e que ele está se movendo em direção a recrutar membros com as habilidades e capacidades necessárias para atender às necessidades atuais e futuras”, escreve ele. “E se isso não acontecer, o conselho está sinalizando que não espera que haja uma auto-avaliação semelhante de outras pessoas na organização”, alertou.
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