Análises Clínicas recebidas pelo secretário de Saúde João Gabbardo dos Reis
Valores remuneratórios e contratualização foram discutidos no encontroO secretário estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, João Gabbardo dos Reis, recebeu uma delegação representativa dos laboratórios de análises clínicas do estado, na segunda-feira, 2 de outubro. Participaram da delegação a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (FEHOSUL), representada na reunião pelo diretor executivo, Dr. Flávio Borges, e o Sindicato dos Laboratórios de Análises Clínicas do Rio Grande do Sul (Sindilac), representada pelo presidente Luiz César Leal Neto.
Também estiveram presentes o deputado federal Jerônimo Goergen, representantes de laboratórios de análises clínicas do interior do estado, o Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF-RS) e entidades associativas de laboratórios.
O tema da reunião foi a licitação editada pela Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, que visa a contratualização dos serviços de análises clínicas. Os termos desta licitação foram debatidos na reunião.
Os representantes das análises clínicas expuseram as dificuldades de atender toda a lista de exames realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na qual constam vários exames cujo custo da realização é muito maior do que a remuneração. De acordo com os representantes na reunião, vários destes exames não são passíveis de serem realizados nos laboratórios de análises clínicas de menor porte do interior do estado, o que retiraria muitos laboratórios da licitação.
Outro ponto debatido foi o valor da remuneração dos exames, de toda a tabela do SUS, que são os mesmos valores praticados para o SUS há 23 anos. Também reivindicaram que o Governo do Estado do Rio Grande do Sul possa subsidiar, ou complementar, a remuneração com algum incentivo financeiro, para reduzir a defasagem existente.
O secretário da Saúde afirmou que não impede as complementações feitas pelas prefeituras (ou consórcios de prefeitura), mas destacou que o Governo do Estado está impedido de oferecer qualquer complementação ou incentivo, por motivos legais e financeiros.
“Quanto à questão financeira propriamente dita, todos conhecem a situação de crise que vive o estado, não sendo pertinente a reivindicação”, afirmou o secretário Gabbardo. Finalmente, lembrou aos presentes que a Tabela SUS é uma tabela nacional e que qualquer atualização ou reajuste depende da União.
O secretário estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, contudo, mostrou-se sensível quanto à necessidade de diálogo, visando a manutenção da prestação de serviços e a viabilidade do setor.