Política | 23 de junho de 2016

Saúde do RS aumenta em 8,4% recursos estaduais investidos nos hospitais

Instituições gaúchas receberam R$ 721 milhões no primeiro quadrimestre de 2016
Saúde do RS aumenta

Hospitais que oferecem atendimento pelo SUS no Rio Grande do Sul receberam, no primeiro quadrimestre do corrente ano mais de 721 milhões de reais (R$ 721.188.177,35) entre recursos federais e estaduais. Os números foram apresentados pelo secretário de saúde do Rio Grande do Sul, médico João Gabbardo dos Reis, em reunião promovida pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do RS, realizada no dia 22 de junho.

As informações constam no relatório quadrimestral de Saúde (veja o original) apresentado pelo secretário, que estava acompanhado da diretora da Assessoria Técnica de Planejamento da SES, Aglaé Silva. O documento aponta um avanço de 8,4% nos repasses de recursos aos hospitais, em relação ao mesmo período do ano de 2014. Até o momento, os investimentos efetuados exclusivamente pelo Governo Estadual superaram os repasses federais destinados às instituições gaúchas prestadoras de serviços ao SUS.

O secretário Gabbardo demonstrou na ocasião, todo o esforço para manter o financiamento da área. Embora os recursos federais tenham diminuído, o Estado tem complementado os repasses insuficientes provenientes do governo federal.” A remuneração da produção efetiva de cada instituição pelo SUS está em dia”, concordou o diretor executivo da Fehosul, médico Flávio Borges, presente ao evento. A Federação também foi representada pela gerente de relacionamento com o mercado, administradora hospitalar Shirlei Gazave.

Segundo Gabbardo, o RS passa pela “maior crise financeira da saúde pública brasileira, mas temos que enfrentá-la”. O secretário da SES também reforçou que, mesmo sem o Incentivo de Cofinanciamento da Assistência Hospitalar (IHOSP), os hospitais já receberam mais recursos neste ano do que no mesmo período em 2014. Dr. Flávio Borges lembrou, contudo, que “resta ao Estado o pagamento de R$ 120 milhões referentes às linhas atuais de incentivos, que estão em atraso devido às dificuldades financeiras do Rio Grande do Sul”.

“Existe o consenso de que a União deve rever a situação de subfinanciamento da área da saúde, o que pode gerar uma ameaça ainda maior, caso seja aprovada a Desvinculação de Receitas da União (DRU) em tramitação no Parlamento e que poderá diminuir os recursos de forma ainda mais grave”, concluiu o diretor executivo da Fehosul. A Desvinculação da Receita constitui duro golpe na saúde conforme noticiou recentemente a entidade.

 

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