Estatísticas e Análises | 11 de fevereiro de 2021

Vacina da Johnson & Johnson contra a Covid-19 poderá ser aplicada anualmente, diz CEO da farmacêutica

Vacina, de dose única, apresentou eficácia global de 66%
Vacina da Johnson & Johnson contra a Covid-19 poderá ser aplicada anualmente, diz CEO da farmacêutica

O CEO da Johnson & Johnson (J&J), Alex Gorsky, disse que as pessoas podem receber vacinas contra a Covid-19 anualmente. Gorsky fez o comentário em um evento do canal americano CNBC, na terça-feira (9), ao ser questionado sobre a necessidade de vacinas pós-pandemia – especificamente se as pessoas precisassem se vacinar anualmente, como ocorre com a vacinação contra a gripe.

Gorsky disse que muito dependeria de como o vírus sofre mutação. “Cada vez que ele sofre mutação, é quase como outro ‘clique do botão’, por assim dizer, onde podemos ver outra variante, outra mutação que pode ter um impacto em sua capacidade, por exemplo, de afastar anticorpos ou ter um tipo diferente de resposta não apenas a uma terapêutica, mas também a uma vacina ”, disse Gorsky.

A Johnson & Johnson solicitou uma autorização de uso emergencial nos EUA para a Food and Drug Administration (FDA), no dia 4 de fevereiro para sua vacina – que, ao contrário das demais, é aplicada em dose única.

Vacina 66% eficaz

No dia 29 de janeiro, a Johnson & Johnson anunciou que a vacina foi 72% eficaz na prevenção da doença nos Estados Unidos e 66% globalmente, em um teste mais amplo realizado em três continentes e com variantes múltiplas do vírus.

No teste com quase 44 mil voluntários, o nível de proteção contra casos graves e moderados da covid-19 foi de 66% na América Latina e de 57% na África do Sul, onde uma variante particularmente preocupante do coronavírus está circulando.

O principal objetivo do estudo da J&J foi a prevenção de casos graves e moderados da covid-19, e a vacina foi 85% eficaz em impedir uma doença grave e a hospitalização em todos os lugares onde testes foram realizados e contra múltiplas variantes 28 dias após a vacinação.

Vacina não será comercializada para iniciativa privada no Brasil

A Janssen-Cilag, companhia farmacêutica que pertence à Johnson & Johnson, descarta a possibilidade de vender vacinas para empresas privadas no Brasil. De acordo com o jornal O Globo, na coluna de Bela Megale, a empresa respondeu que “recebeu solicitações de esclarecimentos sobre sua candidata à vacina contra a Covid-19 de Estados, municípios e mercado privado, mas neste momento, a única negociação em curso está sendo feita em nível federal, junto ao Ministério da Saúde”.

A empresa não detalhou em que pé estão as conversas com o governo federal, mas afirmou que vai disponibilizar seu imunizante no Brasil seguindo quantidades e condições que forem acordadas com o Ministério da Saúde.

Vacinas no Brasil

Até o momento, as duas vacinas aprovadas no Brasil são a CoronaVac, produzida pela farmacêutica Sinovac Biotech com parceria do Instituto Butantan no Brasil, e a vacina da farmacêutica AstraZeneca, produzida em parceria com a Universidade de Oxford, que contam com a parceria da Fiocruz no Brasil. Atualmente 4.321.678 de pessoas receberam a primeira dose da vacina, o que corresponde 2,04% da população brasileira.

Com informações dos sites The Hill, Agência Brasil e O Globo. Edição do Setor Saúde.



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