Gestão e Qualidade | 3 de janeiro de 2025

Santa Casa de Porto Alegre aplica terapia radioligante para câncer de próstata no RS

"Estudos indicam que a terapia reduz em até 40% o risco de morte e progressão em pacientes com doença avançada do câncer de próstata metastático", destaca o médico especialista Carlos Eduardo Anselmi.
Santa Casa de Porto Alegre aplica terapia radioligante para câncer de próstata no RS

Consolidando um avanço no tratamento de câncer de próstata metastático resistente à castração, a Santa Casa de Porto Alegre aplicou, em dezembro, a primeira terapia radioligante aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para esse tipo de caso no Rio Grande do Sul. Combinando o uso de radiofármaco e terapia alvo, a aplicação foi realizada pela equipe do Serviço de Medicina Nuclear, liderada pelo médico especialista Carlos Eduardo Anselmi.


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“Estudos indicam que a terapia reduz em até 40% o risco de morte e progressão em pacientes com doença avançada do câncer de próstata metastático. Nosso objetivo é não apenas prolongar a vida dos pacientes, mas também proporcionar mais qualidade de vida durante o tratamento”, aponta Anselmi.


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O fisioterapeuta Ilton Lopes Moreira, de 63 anos, morador de Campo Bom, na região metropolitana de Porto Alegre, é o primeiro paciente no estado a receber o tratamento — que é coberto por convênios médicos. “Quando soube da terapia radioligante, vi uma oportunidade de tentar outra alternativa. Era um alento que eu precisava para enfrentar a progressão da doença”, conta Ilton.

Como funciona

A terapia — aprovada pela Anvisa em janeiro — utiliza o medicamento Vipivotida Tetratexana (comercialmente chamado de Pluvicto). A substância, aplicada de forma intravenosa, é composta por um componente que é atraído por proteínas produzidas pelas células afetadas pelo câncer de próstata e por um componente radioativo. Após a injeção, a substância liga-se às células malignas do câncer de próstata, levando consigo a radiação e provocando a morte das células do câncer.


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A terapia é realizada com 6 aplicações com intervalo de pelo menos 6 semanas entre cada aplicação. A administração é realizada de forma ambulatorial, sem necessidade de internação. É necessária uma avaliação completa antes do início do tratamento, incluindo PET/CT com PSMA, revisão de exames da patologia, exames laboratoriais e exames de imagem.

Essa abordagem é indicada em pacientes com câncer de próstata em estágio avançado com metástases que não respondem à terapia hormonal e quimioterapia. A terapia radioligante está disponível de forma permanente no Serviço de Medicina Nuclear da Santa Casa, referência no tratamento oncológico no Estado.

 

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