Tecnologia e Inovação | 3 de outubro de 2014

Moinhos de Vento realiza procedimento com neuroestimulador medular

Cirurgia inédita beneficia pacientes com graves problemas lombares e neuropáticos
Cirurgia inédita no sul do brasil

Uma cirurgia inédita no Sul do Brasil, que trata dores neuropáticas e as causadas por falhas de cirurgia lombar, é oferecida pelo Hospital Moinhos de Vento. O procedimento consiste na instalação de um neuroestimulador medular percutâneo implantado no espaço peridural para evitar as dores causadas pela angina de Prinzmetal.

O aparelho neuroestimulador é de formato semelhante a um marca passo cardíaco. O grande diferencial é um sensor que reconhece a posição do paciente, aumentando ou diminuindo o estímulo (a medula se aproxima ou se afasta dos eletrodos conforme a posição em que o paciente encontra-se).

Exemplo do sucesso da cirurgia, uma paciente que sofria com as dores causadas pela angina de Prinzmetal, passou por seis angioplastias e ficou 49 dias internada, mudou completamente de vida. “Estava numa situação de calamidade absoluta causada pela dor que começava no peito e se espalhava pelo corpo. Já não podia mais trabalhar, a morfina estava sendo aplicada a cada duas horas e não morava mais na minha casa. A melhora foi muito grande, agora posso voltar a viver”. A paciente estava incapacitada e conseguiu ter alta logo após a intervenção.

A tecnologia para a implantação deste método é menos invasiva, segundo o anestesiologista Marcos Sperb Bicca da Silveira, especialista da Clínica de Dor do Moinhos de Vento. O procedimento exige avaliação prévia do paciente por uma equipe multidisciplinar formada por anestesiologistas, psiquiatras e neurologistas com área de atuação em dor. Nesta intervenção, realizada pelo Dr. Bicca, auxiliaram também os neurocirurgiões Arthur de Azambuja Pereira Filho e Nelson de Azambuja Pereira Filho.

Os neuroestimuladores são sistemas que modulam os sinais de dor, através de estímulos elétricos não dolorosos, desencadeados pela instalação de eletrodos e um gerador. “É algo inédito e que pode melhorar muito as dores de pacientes graves como neste caso, conforme já comprovavam as pesquisas cientificas”, diz Dr. Bicca.

O aparelho pode ser retirado, se necessário. São necessárias consultas de rotina, e apenas uma parte dele precisa ser trocada a cada nove anos.

 

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