Mundo | 25 de novembro de 2013

Gardasil é alvo de processo na França

Vacina contra o câncer de útero é acusada de causar graves efeitos colaterais
Gardasil é alvo de processo na França

A vacina francesa usada na prevenção do câncer de útero Gardasil foi motivo de um novo processo, na França,  contra a fabricante Sanofi Pasteur. Uma jovem acusa o medicamento de ter provocado efeitos colaterais em seu sistema nervoso. Ela teve parte do corpo paralisado e sofreu perda temporária da visão.

A queixa apresentada na última sexta-feira, 22, aponta “violação de um requisito de segurança e violação manifesta dos princípios da precaução e da prevenção” e “atentado involuntário à integridade”, conforme informa o jornal Le Figaro. Relatórios médicos apresentados judicialmente mostraram relação entre o Gardasil e as patologias desenvolvidas pela jovem.

O remédio é usado por adolescentes, sob prescrição médica, como prevenção contra o HPV, frequentemente associado ao aparecimento de tumores malignos, principalmente no colo uterino. A vítima  foi vacinada em 2000, aos 15 anos e seis meses, e depois foi hospitalizada com sintomas como perda temporária da visão, dificuldades para andar e paralisia facial.

Outras três mulheres, com idades entre 20 e 25 anos e vacinadas entre 2008 e 2010, também dizem terem sido vítimas de efeitos colaterais causados pelo Gardasil. Duas delas desenvolveram dermatose crônica e uma foi diagnosticada com polimiosite, indicando que os casos de vítimas do Gardasil estão se multiplicando e isso pode tornar-se um novo escândalo.

A Sanofi Pasteur contesta as acusações. Na visão da empresa trata-se de uma coincidência e nenhum estudo estabeleceu uma real incidência das doenças desenvolvidas entre as usuárias com o uso do medicamento.

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