Estatísticas e Análises | 3 de dezembro de 2014

Febre Chikungunya já atingiu 1.364 brasileiros

Dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde no dia 2 de dezembro
Chikungunya

Um levantamento do Ministério da Saúde divulgado no dia 2 de dezembro revelou já são 1.364 casos confirmados de febre chikungunya no Brasil. O número leva em conta diagnósticos feitos até 15 de novembro. No levantamento anterior (até 25 de outubro), 824 casos haviam sido registrados.

Do total, 71 casos são importados (contraídos em outros países) e a grande maioria dos pacientes, 1.293 pessoas, não tinha registro de viagem internacional (autóctones). Sendo assim, a chikungunya tem se espalhando rapidamente pelo Brasil.

Dos casos autóctones, 531 foram registrados no município de Oiapoque (Amapá), 563 em Feira de Santana (Bahia), 196 em Riachão do Jacuípe (Bahia), um em Matozinhos (Minas Gerais), um em Pedro Leopoldo (Minas Gerais) e um em Campo Grande (Mato Grosso do Sul). O Rio Grande do Sul

O Ministério da Saúde revela que 125 casos foram confirmados por critério laboratorial e 1.239 por critério clínico-epidemiológico. A determinação é de que, ao ser caracterizada a transmissão de chikungunya em uma determinada área, testes de laboratório são obrigatórios para confirmar  casos; em regiões sem antecedentes, o critério é o clínico-epidemiológico, que leva em conta fatores como sintomas e vínculo do paciente com pessoas que já contraíram a doença.

Em setembro, quando os primeiros casos foram confirmados no País, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, já havia admitido a possibilidade de uma epidemia de febre chikungunya no Brasil. “A gente ainda não consegue ter a dimensão do número de casos, nem a velocidade de propagação da doença. Mas não podemos descartar a possibilidade (de epidemia)”, comentou.

A febre chikungunya é causada por vírus do gênero Alphavirus, tem sintomas parecidos com os da dengue e é transmitida pelos mesmos mosquitos (Aedes aegypti e  Aedes albopictus), mas tem letalidade menor.

Os sintomas similares aos da dengue – febre alta, mal-estar e dores nos músculos, ossos e articulações – mas a letalidade, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), é pequena em comparação à dengue. Porém, os infectados podem desenvolver a forma crônica da doença, com a permanência dos sintomas por até um ano.

Desde que foram confirmados os casos da febre Chikungunya no Caribe (República Dominicana, Haiti, Venezuela e Guiana Francesa), no final de 2013, o Ministério da Saúde elaborou um Plano Nacional de Contingência da doença (veja aqui), que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância; a preparação de resposta da rede de saúde; o treinamento de profissionais; a divulgação de medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para diagnósticos da doença.

Os sintomas da doença são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a 10 dias. Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental reforçar ações para a eliminação dos criadouros dos mosquitos.

VEJA TAMBÉM