Estatísticas e Análises | 31 de janeiro de 2018

Febre amarela no RS: informações atualizadas de janeiro

Estado distribuiu mais de 106 mil doses da vacina neste mês
Febre amarela no RS informações atualizadas de janeiro

O Rio Grande do Sul permanece sem apresentar casos de febre amarela. A informação foi divulgada pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) durante reunião do Grupo de Monitoramento de Ações Estratégicas de Combate ao Aedes aegypti, na sexta-feira, 26 de janeiro. Dois casos suspeitos foram notificados em 2018 no estado, mas apresentaram resultado negativo para febre amarela.

Desde 2009, o Rio Grande do Sul não registra casos confirmados de febre amarela silvestre. Em áreas urbanas, a circulação não ocorre desde 1942. Os dois casos suspeitos de febre amarela em 2018 ocorrem com residentes de Portão e Dois Irmãos. Ao longo de 2017, foram 42 casos suspeitos, todos com resultado negativo para a doença.

Também não há registros da doença entre os macacos, que são um indício da presença do vírus. “Somente no ano passado foram coletadas amostras de 50 animais mortos em área silvestre, dos quais 45 já foram descartados e cinco ainda seguem em investigação. De 2009 (ano em que foram confirmados os últimos casos) até 2016, já foram analisadas amostras de 81 primatas mortos, todas com resultado negativo”, informa a Secretaria.

A presença desses animais é a principal forma de perceber a chegada da febre amarela, antes dela atingir as pessoas. Em recente entrevista ao Setor Saúde, Tani Ranieri, chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CVES/RS), fez questão de tranquilizar a população gaúcha, pelo fato de nenhuma epizootia (doença que apenas ocasionalmente se encontra em uma comunidade animal, mas que se dissemina com grande rapidez e apresenta grande número de casos) em bugios ter sido identificada recentemente nos estados vizinhos da região Sul, Santa Catarina e Paraná. “O vírus terá que primeiro ser acometido nestes estados para então poder chegar ao Rio Grande do Sul”, explica. O alerta no RS, se ocorrer, deverá ser desencadeado quando casos forem confirmados em SC e PR.

A Secretaria Estadual da Saúde informa que foram distribuídas mais de 106 mil doses da vacina, o que representa um acréscimo de 20% em relação a janeiro de 2017. Em janeiro, a Secretaria estendeu a vacinação para todos os municípios do Rio Grande do Sul. Gabbardo ressalta a importância das pessoas manterem suas vacinas em dia. “Mais de 70% da população do estado já recebeu a imunização contra o vírus pela vacina, que é em dose única e protege para toda a vida”, afirmou. “Quem ainda não foi imunizado deve procurar os postos de saúde de qualquer município”, acrescentou o secretário.

Quem precisar retirar o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) deve dirigir-se ao Centro de Orientação ao Viajante (COV), mantido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no aeroporto internacional Salgado Filho. Não há necessidade de renovar o documento que estiver a data de vencimento expirada, pois a vacina deixou de ter validade de 10 anos e passou a ser dose única por toda a vida.

Cerca de 500 pessoas têm procurado diariamente a coordenação de vigilância sanitária no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, em busca do CIVP, o que tem provocado filas de até três horas. Em entrevista ao G1, a chefe da Coordenação de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados (CVPAF) de Porto Alegre, Izaura do Amaral Streit, afirma que na maioria dos casos as pessoas buscam o documento sem necessidade.

Por conta da situação, a partir de quinta-feira, 1º de fevereiro, serão atendidas apenas as pessoas que fizerem o agendamento para emissão do documento pela internet, por meio da página da Anvisa, onde constam todas as informações necessárias sobre o certificado.

Em Porto Alegre, mais de 17 mil vacinas realizadas em janeiro

Na segunda-feira, 29 de janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre divulgou que foram administradas 17.353 doses de vacina contra febre amarela na rede municipal de saúde no mês de janeiro. Com os novos dados, sobe para 793.853 o número de residentes na Capital vacinados contra a doença. A vacina está disponível em salas de vacina mantidas pela SMS em unidades de saúde da rede. Os números indicam quase o dobro de vacinas feitas em comparação com o ano passado: em janeiro de 2017, foram 9.889 doses administradas.

 

Com informações da Secretaria Estadual da Saúde, Secretaria Municipal de Saúde/POA e G1. Edição do Setor Saúde.

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