Cidade de Nova York processa profissional de saúde por dormir no trabalho
Paciente internada morreu por negligência no atendimentoO caso de uma enfermeira que trabalhava no turno da noite e que dormiu em serviço enquanto uma paciente internada não recebia oxigênio suficiente chamou a atenção para o problema de cochilos no horário de trabalho. A cidade de Nova York está atenta a esses casos, que muitas vezes ocorre deliberadamente e com o conhecimento de outros funcionários. A paciente veio a óbito em virtude da falta de atenção da profissional.
O caso teve grande repercussão nos EUA e provocou ação dos reguladores estaduais que decidiram por aplicar uma punição rígida para a enfermeira Tanya Lemon. Após a confissão de culpa de crime por não comprometimento e atenção a uma pessoa com deficiência, ela foi condenada a 90 dias de prisão, cinco anos de liberdade condicional, e teve sua licença de enfermagem cassada.
A Central de Justiça Estadual para a Proteção das Pessoas com Necessidades Especiais emitiu orientações em dezembro de 2014 às organizações e famílias, para liderar os esforços para impedir esse comportamento. A procuradora de justiça que liderou o processo contra Lemon diz que seu escritório está analisando outro caso potencialmente criminal relacionado a este. Se o escritório puder provar que supervisores tinham conhecimento dos funcionários que dormem no trabalho e não tomaram providências, serão processados também.
“Dormir intencionalmente no trabalho é uma conduta criminosa”, diz a promotora Patricia Gunning. Enquanto isso, o advogado de Lemon ressalta que cochilar durante o período noturno “não era incomum” na equipe onde ela trabalhava, e que ela “estava fazendo o melhor que podia”.