Jurídico, Mundo | 30 de março de 2015

Cidade de Nova York processa profissional de saúde por dormir no trabalho

Paciente internada morreu por negligência no atendimento
Cidade de Nova York processa profissional de saúde por dormir no trabalho

O caso de uma enfermeira que trabalhava no turno da noite e que dormiu em serviço enquanto uma paciente internada não recebia oxigênio suficiente chamou a atenção para o problema de cochilos no horário de trabalho. A cidade de Nova York está atenta a esses casos, que muitas vezes ocorre deliberadamente e com o conhecimento de outros funcionários. A paciente veio a óbito em virtude da falta de atenção da profissional.

O caso teve grande repercussão nos EUA e provocou ação dos reguladores estaduais que decidiram por aplicar uma punição rígida para a enfermeira Tanya Lemon. Após a confissão de culpa de crime por não comprometimento e atenção a uma pessoa com deficiência, ela foi condenada a 90 dias de prisão, cinco anos de liberdade condicional, e teve sua licença de enfermagem cassada.

A Central de Justiça Estadual para a Proteção das Pessoas com Necessidades Especiais emitiu orientações em dezembro de 2014 às organizações e famílias, para liderar os esforços para impedir esse comportamento. A procuradora de justiça que liderou o processo contra Lemon diz que seu escritório está analisando outro caso potencialmente criminal relacionado a este. Se o escritório puder provar que supervisores tinham conhecimento dos funcionários que dormem no trabalho e não tomaram providências, serão processados ​​também.

“Dormir intencionalmente no trabalho é uma conduta criminosa”, diz a promotora Patricia Gunning. Enquanto isso, o advogado de Lemon ressalta que cochilar durante o período noturno “não era incomum” na equipe onde ela trabalhava, e que ela “estava fazendo o melhor que podia”.

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