Mundo | 9 de março de 2016

Cargill afirma que reduzirá o uso de antibióticos em bovinos

Consumidores pressionam argumentando que medicamento contribui para o surgimento de bactérias resistentes
Cargill afirma que reduzirá o uso de antibióticos em bovinos

A Cargill, empresa privada multinacional sediada em Minnesota (EUA) e com presença em 70 países – entre eles o Brasil – cuja atividade é a produção e o processamento de alimentos, pretende reduzir em 20% o uso de antibióticos em seu rebanho bovino de corte nos EUA. A medida deve afetar cerca de 1,2 milhão de animais por ano. Em 2014, a Cargill já tinha adotado medidas para reduzir o uso de antibióticos na produção de perus (carne usada em produtos das marcas Honeysuckle White and Shady Brook Farms) na engorda dos animais, apenas no tratamento de aves doentes e na prevenção de doenças, disse a companhia.

Várias companhias de alimentos estão cedendo à pressão de grupos de defesa do consumidor e de autoridades de saúde, que vêm alertando sobre o amplo uso de antibióticos na pecuária e em medicamentos para humanos. Segundo esses grupos, isso está contribuindo para o surgimento de bactérias mais resistentes.  Estudos recentes já haviam alertado para os perigos do excesso no uso de antibióticos.

“Ouvimos consumidores e nossos clientes e demos esse primeiro passo. Acreditamos que adotaremos novas medidas no futuro não muito distante”, disse o presidente da unidade de carne bovina da Cargill, John Keating.

A companhia pretende reduzir o uso de antibióticos em suas quatro unidades de confinamento no Texas, Kansas e Colorado. A Friona Industries, que administra quatro unidades que fornecem animais para a Cargill, vai adotar medidas parecidas.

A Cargill disse que vem trabalhando com acadêmicos e pecuaristas para encontrar alternativas aos antibióticos e maneiras diferentes de criar os animais que reduzam a dependência dessas drogas.

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