Gestão e Qualidade | 7 de janeiro de 2019

As 9 principais conquistas do Grupo Hospitalar Conceição em 2018

Diretora superintendente Adriana Acker destaca as mudanças na gestão da instituição
As 9 principais conquistas do Grupo Hospitalar Conceição em 2018

Em 2018, o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) passou por uma mudança de paradigmas e de cultura institucional, a partir de novas filosofias e ferramentas de gestão, que possibilitaram resultados de eficiência nos processos de trabalho. É o que diz a diretora superintendente do GHC, Adriana Acker, ao avaliar o ano da instituição. Acker fecha a série especial de  do Portal Setor Saúde, que contou com a participação 14 executivos de hospitais do Rio Grande do Sul.

Mudança de paradigmas com novas ferramentas de gestão

Para a diretora superintendente, o Grupo Hospitalar Conceição passou por grandes mudanças em 2018, que podem, em parte, ser explicadas pelas ferramentas de gestão. “Usando ferramentas de gestão atuais, como o Lean Healthcare, a teoria das filas, a teoria de variabilidade e gestão por processos reduziu desperdícios e otimizou recursos, impactando no atendimento de seus pacientes e na melhoria do clima organizacional”, explica.

Acker explicou que, a partir da publicação da Lei nº 13.303/2016 e do Decreto nº 8.945/2016, a instituição trabalhou de forma intensificada para implementar as ações necessárias para o aperfeiçoamento e qualificação da Governança. “Realizamos o primeiro Relatório Integrado do GHC, referente ao exercício de 2017, que foi utilizado pelo Tribunal de Contas da União como case de sucesso para orientação aos órgãos que deverão elaborar em 2019 o Relatório de Gestão de 2018”, enfatiza.

A implantação do Projeto Paciente Seguro também foi uma importante conquista do GHC em 2018. “[O Projeto Paciente Seguro] proporcionou importantes avanços na qualificação da assistência aos pacientes no Hospital Nossa Senhora da Conceição. Dentre outros benefícios com o Projeto, destaca-se a priorização de reforma da estrutura física em algumas unidades de internação; a implantação de ferramentas tecnológicas para qualificação da administração de medicamentos a beira leito; a revisão, elaboração e implantação de protocolos de assistência; a melhoria de comunicação entre as equipes; a elaboração e simplificação de fluxogramas para organização do atendimento multiprofissional”, destaca.

A diretora superintendente pontua as nove principais conquistas do GHC em 2018: início da construção do Centro de Hematologia e Oncologia do GHC; adequação da maternidade do Hospital Nossa Senhora Conceição (HNSC), conforme critérios da Rede Cegonha; Programa de Residência Médica em Urgência e Emergência; Qualificação do parque tecnológico do Centro de Diagnóstico por Imagem; Qualificação dos processos de trabalho das portas de urgência do GHC a partir da aplicação da metodologia Lean Healthcare; parceria do GHC com a Secretaria da Municipal de Saúde de Porto Alegre, para implantação do sistema GERINT/GERCON – ferramenta para a gestão de leitos e consultas na rede de saúde; início do processo de habilitação para Transplante de Medula Óssea; implantação do Núcleo Interno de Regulação e Escritório de Gestão de Altas; e conclusão da obra do Laboratório de Tuberculose.

Os principais desafios para 2019

Acker acredita que, em 2019, o maior desafio para os gestores de saúde será usar os recursos de forma eficiente, utilizando soluções que melhorem os processos e permitindo que, em um cenário de aumento de demanda, a resposta seja o aumento da capacidade do serviço de saúde. Para viabilizar isso, será necessário o uso adequado de ferramentas gestão, de acordo com diretora superintendente.

“Para o ano 2019, o Grupo Hospitalar Conceição pretende avançar ainda mais no aperfeiçoamento da Governança com a implementação de ações que atendem, além da legislação vigente, às boas práticas de Governança, tais como a elaboração do Regimento do Conselho Fiscal; elaboração das Políticas de Integridade, de Participação Societária, de Partes Relacionadas e de Dividendos”, explica.

A diretora superintendente explica que a instituição buscará manter as boas práticas e ampliar a aderência às metas de segurança do paciente, expandindo às demais unidades do GHC a metodologia do Institute for Healthcare Improvement (IHI).

A construção do Centro de Hematologia e Oncologia do GHC, iniciada no primeiro semestre de 2018 (e com previsão de finalização em 2020) é um ponto de extrema responsabilidade da instituição, de acordo com Acker. “O Centro prevê 14.380,70 metros quadrados de área construída, distribuídos em sete pavimentos que, além de ampliar e qualificar os tratamentos já realizados, oferecerá modalidades ainda não disponíveis na instituição e com grande déficit na rede pública, como a radioterapia e transplante de medula óssea. São tratamentos que obrigam os pacientes a esperar em longas filas, muitas vezes perdendo a chance de cura em função da demora. Um investimento como esse permitirá a integração, em uma única edificação, de toda a linha de cuidado ao paciente com câncer, proporcionando atendimento de excelência, integral e centrado no paciente”, enfatiza.

Centro Oncologia GHC

Na visão da diretora superintendente, o câncer é um problema de saúde pública, e o controle da doença depende de políticas públicas e envolvimento da sociedade. “O Grupo Hospitalar Conceição entende como de grande impacto para o atendimento à saúde no Rio Grande do Sul a construção do Centro de Hematologia e Oncologia do GHC”, diz.

Além do Centro de Hematologia e Oncologia, a desospitalização e ampliação de leitos de UTI são outros dois desafios entendidos como prioritários pela direção da instituição, para 2019. “Frente ao aumento da expectativa de vida da população e da sobrevida dos pacientes crônicos em decorrência da evolução dos tratamentos diagnósticos e terapêuticos somado ao cenário financeiro, consideramos que a rede de atenção deve receber investimento em serviços com foco na desospitalização como hospitais-dia. Além dos benefícios proporcionados ao paciente, a desospitalização gera economia financeira aos hospitais, pois reduz o tempo de internação hospitalar e dinamiza a utilização dos leitos para outros pacientes ajudando no fenômeno das superlotação das emergências. Há, também, uma menor exposição ao ambiente hospitalar e aos riscos, como contágios de outras doenças ou infecções hospitalares. A  ampliação de leitos de UTI adequando os hospitais a Portaria nº466/98, impactando positivamente no desfecho clínico de pacientes críticos que atualmente aguardam leito intensivo nas unidades de pronto atendimento”, aponta a diretora superintendente.

Plano orçamentário e investimentos previstos

Adriana Acker informa que a pré proposta orçamentária do GHC para 2019 é de R$ 45 milhões. “Deste valor, aproximadamente R$ 18 milhões estão reservados para reformas e qualificação da estrutura física. É importante destacar que, historicamente, o orçamento para reformas era da R$ 7,5 milhões, portanto, nossa gestão mais que dobrou esta rubrica de investimento o que vai nos permitir investir em questões críticas como climatização e ambiência de áreas de internação”, explica.

O início da implantação da Central de Logística do GHC, com área de 5000m², é outro projeto de qualificação da gestão que Acker destaca. A área será reformada e estruturada para unificar os almoxarifados das unidades hospitalares do grupo, visando assim otimizar a compra, armazenamento e distribuição dos insumos necessários para o atendimento da população. Em 2019, também está previsto o início da adaptação das edificações existententes às normas de prevenção contra incêndio. A diretora superintendente aponta que esta é uma importante medida para a segurança dos colaboradores e usuários do SUS, com consequente melhoria no acesso e circulação no complexo hospitalar, que tem edificações da década de 60.

Expectativa quanto aos novos Governos, nas esferas Estadual e Federal

O foco no Sistema Único de Saúde (SUS) é a expectativa que Adriana Acker nutre para os próximos governos. “Que tenham como objetivo mútuo seguir o grande desafio e missão de fazer cumprir os princípios do SUS, com propostas de realizar um planejamento estratégico  direcionado às necessidades básicas de saúde da população, focada nas informações sobre as situações de vulnerabilidades e do perfil epidemiológico dos agravos que atingem a população do estado”, frisa.

A diretora superintendente também deseja que os novos governantes possam garantir o financiamento estável e sustentável para o SUS, buscando melhorar o padrão do gasto, qualificar o financiamento e os processos de captação de recursos.

Mensagem de final de ano para o setor da saúde

“Mesmo com todos os avanços, existem muitos desafios a superar no setor da saúde, e o importante é realizar o melhor desempenho possível, conjugando a aplicação eficiente dos recursos, promovendo acesso e atendimento qualificado à população, com estrutura e tecnologia adequada e capital humano capacitado”, finaliza a diretora superintendente do GHC.

Adriana Acker

A diretora superintendente do GHC é graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Feevale e especialista em Gestão de Negócios em Saúde (MBA in company IACS com Hospital Mãe de Deus) e em Gestão Empresarial com Foco em Finanças (ESPM/Porto Alegre), MBA de Gestão de Pessoas, Estratégias e Negócios (Fundação dos Administradores do Rio Grande do Sul). Tem atuação como administradora em hospitais de médio e grande porte da Região Metropolitana. De 2006 a 2016, desempenhou as funções de Gerente Administrativa e Gerente de Serviços Próprios na Unimed Vale dos Sinos – Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico. Também atuou como Gerente Administrativa e Diretora Administrativa do Hospital de Campo Bom Dr. Lauro Reus, de janeiro a setembro de 2006.  

Confira todas as entrevistas 

Dezembro

21 – Mohamed Parrini (Hospital Moinhos de Vento)

22 – Fernando Pedroso (Hospital Regional Santa Lúcia – Cruz Alta)

23 – Fábio Fraga (Hospital Mãe de Deus)

26 – Ângela Perin (Hospital Dr Astrogildo de Azevedo – Santa Maria)

27 – Odacir Rossato (Hospital Ernesto Dornelles)

28 – Hilton Mancio (Hospital Tacchini – Bento Gonçalves)

29 – Sérgio Baldisserotto (Hospital São Lucas da PUC-RS)

30 – Ilário Jandir de David (Hospital São Vicente de Paulo – Passo Fundo)

Janeiro

2 – Nadine Clausell (Hospital de Clínicas de Porto Alegre)

3 – Claudiomiro Carus (Hospital de Caridade -Erechim)

4 – Antônio Quinto Neto (Hospital Banco de Olhos)

5 – Ricardo Minotto (Hospital Divina Providência)

6 – Cleciane Simsen (Hospital Virvi Ramos – Caxias do Sul)

7 – Adriana Acker (Grupo Hospitalar Conceição)

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