Mundo | 15 de agosto de 2014

Investigadas formas de prevenção de Alzheimer

Pesquisa tenta entender como deter os efeitos debilitantes da doença antes que ela se manifeste
Investigada formas de prevenção de Alzheimer

O Mount Sinai Medical Center, no estado da Flórida (EUA) está buscando voluntários para um estudo pioneiro que busca entender, prevenir e evitar os efeitos debilitantes irreversíveis do Mal de Alzheimer. A instituição procura pessoas entre 65 e 85 anos de idade para participar do estudo.

O Tratamento Anti-amiloide em Alzheimer Assintomático , chamado de A4, tem como objetivo estudar pessoas idosas cognitivamente normais, sem sinais de perda de memória ou perda de memória. Os voluntários são avaliados por meio da formação de placas amilóides no cérebro. Aqueles que tiverem teste negativo, continuarão no estudo como um grupo de controle. Os que forem positivos serão distribuídos aleatoriamente para receber um placebo ou uma droga experimental.

Serão administradas doses mensais de um anticorpo dirigido para amilóide e liberação das placas – uma característica do Alzheimer. O estudo pretende determinar, ao diminuir a quantidade de amilóide através de um tratamento de anticorpos, se é possível atrasar a perda da memória.

O estudo A4 é uma ampla parceria público-privada financiada pelo National Institute on Aging (Instituto Nacional do Envelhecimento), a farmacêutica Eli Lilly e organizações filantrópicas. Ainda em 2014, pretende-se reunir mil idosos oriundos dos EUA, Canadá e Austrália. “Também vamos analisar a hipótese das placas amilóides causarem deficiência em certas habilidades”, acrescenta o coordenador do estudo, Dr. Ranjan Duara, diretor médico do Centro para Transtornos do Mal de Alzheimer e de Memória de Viena (Suíça). A Instituição também tem interesse especial em recrutar hispânicos, já que é uma população muitas vezes sub-representada nestes estudos.

As placas amilóides, juntamente com os chamados novelos neurofibrilares, são as principais características do Alzheimer. Outra característica da doença é a perda das ligações entre os neurônios do cérebro. Este é considerado o principal causador de morte das células cerebrais em pessoas com Alzheimer.

O estudo busca esclarecer questões como as inúmeras teorias sobre o porquê de um cérebro afetado pela doença de Alzheimer ter muito menos células e menos conexões do que o cérero de uma pessoa saudável. O Alzheimer interrompe o processo de comunicação celular, matando neurônios e prejudicando a rede de comunicação do cérebro.

 

 

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