Gestão e Qualidade, Política | 12 de junho de 2025

Simulação de incêndio na Câmara de Vereadores avalia resposta das forças de saúde e segurança de Porto Alegre

Mais de 100 pessoas participaram do exercício, organizado pelo SINDIHOSPA e pelo Legislativo, simulando desastre com 50 vítimas.
Simulação de incêndio na Câmara de Vereadores avalia resposta das forças de saúde e segurança de Porto Alegre

No plenário da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, um incêndio provocou caos, desabamento de parte da estrutura e 50 vítimas, sendo dois mortos. Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, forças de segurança e de saúde precisam se mobilizar rapidamente para atender as vítimas, além de evacuar centenas de pessoas no prédio. Uma tragédia que, felizmente, não aconteceu. Foi uma simulação para, justamente, testar e avaliar a resposta da cidade a um desastre real.


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Esse foi o cenário de um exercício realizado na manhã desta quinta-feira (12), na capital. Foi a quarta simulação de desastre organizada pelo SINDIHOSPA (Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre), desta vez em parceria com a Câmara de Vereadores. A preparação envolveu mais de 100 pessoas ao longo do semestre, com a articulação das diversas instituições de saúde e de segurança da cidade.


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Foi simulado um incêndio de grandes proporções causado por um curto circuito na parte superior do plenário, causando queda de parte da estrutura, falta de energia, muita fumaça e pânico entre os presentes, exigindo a evacuação da Câmara. Alunos da Faculdade Moinhos de Vento e da FACTUM representaram as dezenas de vítimas, sendo 50 feridos e dois óbitos.


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O trabalho envolveu a mobilização das equipes da Câmara, a atuação de três caminhões do Corpo de Bombeiros no combate ao fogo, e a presença de mais de 15 ambulâncias para levar as vítimas a diversos hospitais da capital. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e a Defesa Civil também participaram do evento, enquanto o Instituto Geral de Perícias lidou com as fatalidades. Além disso, representantes do Consulado dos Estados Unidos em Porto Alegre acompanharam as atividades.

“A cidade é um organismo vivo. Exercícios como esse são fundamentais para Porto Alegre e todos os órgãos estarem sempre preparados para incidentes de múltiplas vítimas e evitar a perda de muitas vidas”, afirma o presidente do SINDIHOSPA, Henri Siegert Chazan.

SINDIHOSPA SIMULACAO INCENDIO

“É a primeira vez que ocorre um exercício dessa magnitude na Câmara. Outros países fazem isso rotineiramente – e desde fevereiro temos nos reunido para que acontecesse hoje este simulado, que esperamos que fique como um legado para a cidade”, disse a presidente da Câmara Municipal, vereadora Comandante Nádia.

Resultados serão avaliados

O simulado desta quinta-feira mobilizou um grande número de instituições e forças de segurança. Os bombeiros foram deslocados para agir como se um incêndio estivesse ocorrendo. Ambulâncias do SAMU e das empresas Ecco Salva, SOS Unimed e Transul levaram as “vítimas” para atendimento nos hospitais de Clínicas, Cristo Redentor, Divina, Ernesto Dornelles, Independência, Mãe de Deus, Moinhos de Vento, São Lucas da PUCRS e Santa Casa de Porto Alegre.

Os estudantes receberam maquiagem para representar ferimentos causados pelo fogo. A Brigada Militar e a Polícia Civil também foram acionados, enquanto a EPTC interrompeu o tráfego em um dos sentidos da avenida Loureiro da Silva e da rua Ibanor José Tartarotti para otimizar o deslocamento das viaturas.

A iniciativa fez parte, ainda, da própria qualificação da segurança da Câmara de Vereadores. Desde o início do ano, o Parlamento vem atuando para aprimorar sua proteção contra incêndio, com avaliação estrutural e reforço nos treinamentos das equipes. Ao longo de várias semanas, os funcionários foram instruídos sobre a evacuação do prédio realizada hoje, como procedimentos, rotas de fuga e ponto de encontro.

Os resultados do simulado serão compilados em relatórios, que trarão a avaliação do trabalho, como a performance da resposta das instituições, bem como melhorias necessárias para aprimorar o atendimento. Essas informações devem ser consolidadas nos próximos 30 dias.

“Nosso grande objetivo é melhorar a cultura de prevenção da cidade, entendendo como as forças estão capacitadas para atuar num sinistro dessa gravidade – e melhor atender a comunidade”, explicou o 1º tenente do Corpo de Bombeiros Militar do RS, Rafael Vieira Cabral.

Histórico

Este foi o quarto simulado de desastre realizado pelo SINDIHOSPA em Porto Alegre. Em 2016, foi reproduzida uma colisão entre carro e ônibus na avenida Ipiranga, em frente à Federação Gaúcha de Futebol, com 34 vítimas. Dois anos depois, testou-se a resposta ao desabamento do teto de um auditório lotado no Senac Saúde, na Zona Norte, com 64 feridos e um óbito.

Já em 2023, a terceira edição ocorreu no Hospital Moinhos de Vento, simulando um incêndio no bloco 15 do Hospital Moinhos de Vento. O exercício teve 41 vítimas e contou inclusive com o deslocamento de pacientes em um helicóptero.

Fotos: Ederson Nunes, Elson Sempé Pedroso e Fernando Antunes (CMPA).

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