Tecnologia e Inovação | 30 de junho de 2023

Rede D’Or investe R$ 30 milhões em laboratório de biologia molecular oncológica

Diagnósticos antes realizados nos Estados Unidos ou em países europeus poderão ser feitos no Brasil, garantindo rapidez e maior personalização no tratamento do câncer
Rede D’Or investe R$ 30 milhões em laboratório de biologia molecular oncológica

A Rede D’Or, fundada há 46 anos e presente em 12 estados do Brasil e no Distrito Federal, e o ID’Or (Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino) investiram R$ 30 milhões para montar um laboratório de biologia molecular genômica oncológica referência na América Latina.

Atualmente, a biologia molecular tem um papel fundamental no tratamento do câncer, já que estuda os processos moleculares que ocorrem nas células cancerígenas, as alterações genéticas e epigenéticas que levam ao desenvolvimento e progressão do câncer.

Fernando Soares, Diretor Médico do Departamento de Anatomia Patológica da Rede D’Or São Luiz, ressalta: “A oncologia não se move sem esse tipo de exame. Boa parte dos pacientes oncológicos precisa deles para que se exerça a medicina personalizada. Sem esses recursos, não há medicina personalizada.”


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Diagnósticos mais rápidos

O laboratório possibilitará que amostras, antes enviadas para o Foundation One nos Estados Unidos, sejam analisadas aqui no Brasil. Com isso, os diagnósticos serão mais rápidos – fundamental para o tratamento de câncer – e os médicos terão contato direto com os responsáveis pelas análises.

 “Quando mandamos os exames para os Estados Unidos, recebemos de volta um laudo e temos pouca ou nenhuma chance de conversar com quem está na outra ponta analisando esse exame. Na Rede, estaremos junto com a oncologia e os demais médicos para discutir cada caso e adequar a melhor necessidade do paciente”, destaca Fernando Soares.

“Desde a origem haverá uma discussão qual é a melhor conduta para o paciente. Isso é medicina personalizada, de fato”, acrescenta ele. 

Entre os exames que poderão ser feitos no laboratório de biologia molecular oncológico está o Teste para Doença Residual Mínima (DRM), oferecido de forma inédita no Brasil. Com ele é possível identificar precocemente a presença de um genoma tumoral na circulação sanguínea do paciente.


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“Por meio de análise do tumor do paciente, sabemos exatamente as alterações genômicas dele. Cada vez que passar em consulta ou quando o oncologista achar que é necessário, é colhida uma amostra do sangue do paciente para pesquisar se essa alteração genômica está presente na circulação sanguínea. Geralmente, essas alterações genômicas no sangue precedem a volta do tumor”, explica Soares.

Esse exame é realizado no mundo, no entanto, o resultado demora até 45 dias para chegar ao oncologista e impede que o tratamento seja feito na celeridade necessária para cuidar de câncer.

“Muitas vezes quando esses exames são levados para análise nos EUA, por motivos como o transporte, após um mês descobrimos que o exame não ficou bom e precisa ser refeito. Com isso, no dia seguinte, já poderemos saber se a amostra está certa ou não”, conta Fernando Soares.


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Além desse exame, os pacientes e médicos terão à disposição outras análises, como:

Teste de biópsia líquida para pesquisa de biomarcadores preditivos de tratamento para diagnóstico em líquor;


Teste de clonalidade por sequenciamento de nova geração para doenças linfoides;


CGH e/ou SNP array para pesquisa de alterações moleculares e classificação de lesões melanocíticas da pele;


Painéis de expressão gênica nanostring, predição de risco de recorrência e de resposta a quimioterapia em câncer mama;


Perfil de metilação para classificação dos sarcomas; teste de sequenciamento germinativo para genes de predisposição ao câncer baseado em RNA;


Rastreamento de câncer em pacientes assintomáticos portadores de síndrome de predisposição hereditária ao câncer a partir de análise de DNA tumoral circulante (teste de biópsia líquida).

A integração completa de dados genômicos e clínicos farão parte de um banco de dados para estudos de Big Data, que possibilitará a realização de novas pesquisas. O que atende ao compromisso que a Rede D’Or tem com o pioneirismo tecnológico, a medicina brasileira e seus pacientes.

A tecnologia adquirida estará disponível nos 72 hospitais e 55 clínicas oncológicas que fazem parte da Rede D’Or. 

Rede D’Or investe R$ 30 milhões em laboratório de biologia molecular oncológica-

Oncologia D’Or

Criada em 2011, a Oncologia D’Or é o projeto de oncologia da Rede D’Or formada por clínicas especializadas no diagnóstico e tratamento oncológico e hematológico, com padrão de qualidade internacional e que, atualmente, está presente em onze estados brasileiros e Distrito Federal. O trabalho da Oncologia D’Or tem por objetivo proporcionar, não apenas serviços integrados e assistência ao paciente com câncer com elevados padrões de excelência médica, mas um ambiente de suporte humanizado e acolhimento.

A área de atuação da Oncologia D’Or conta com uma rede de mais de 55 clínicas, tem em seu corpo clínico mais de 500 médicos especialistas nas áreas de oncologia, radioterapia e hematologia e equipes multidisciplinares que trabalham em estreita parceria com o corpo clínico da maioria dos mais de 75 hospitais da Rede D’Or. Além disso, a presença das clínicas da Oncologia D’Or em mais de 20 hospitais da Rede, abrange a área de atuação em toda a linha de cuidados, seguindo os moldes mais avançados de assistência integrada, proporcionando maior agilidade no diagnóstico, mais conforto e eficiência para o tratamento completo dos pacientes.



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