Mundo | 8 de setembro de 2015

Qual a quantidade segura de gordura que pode ser retirada em uma lipoaspiração?

Obesos podem tolerar melhor a retirada de maiores volumes
Qual a quantidade segura de gordura que pode ser retirada em uma lipoaspiração

Saber a quantidade segura de gordura a ser retirada em uma lipoaspiração é uma pergunta fundamental para quem busca o procedimento. Um novo estudo publicado na edição de setembro do jornal Plastic Reconstructive Surgery, da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, mostra que tudo depende do Índice de Massa Corporal (IMC).

Um dos líderes do estudo, o cirurgião John Y.S. Kim, da Universidade Northwestern, (EUA) comentou, sobre os resultados que mostram “que a lipoaspiração está associada com uma taxa muito baixa de complicações, sendo que as principais ocorrem em menos de um a cada mil pacientes”. Ainda segundo o especialista, “isso põe em questão o conceito simplista para o volume da lipoasiração com segurança que parece depender, em parte, da quantidade de gordura que a pessoa possui”.

O conceito antigo sobre a quantidade de gordura a ser retirada era de 5 litros, mas o montante não é absolutamente seguro porque está ligado a várias complicações. O novo estudo verificou a relação entre o volume de gordura, os riscos de efeitos colaterais e o IMC.

Os dados mostraram que o percentual de complicações foi de 1,5%, embora ocorrências graves não tenham sido comuns e nenhuma morte foi registrada.

O problema mais comum foram seromas (excesso de líquido acumulado próximo à cicatriz), enquanto a quantidade média de gordura removida estava em dois litros. A análise dos dados também mostrou que os pacientes que enfrentaram complicações tiveram uma maior quantidade média de gordura removida (3,4 litros) e maior IMC. Pacientes que removeram mais de cinco litros de gordura tiveram uma taxa de complicação de 3,7% (principalmente seromas). Também vale destacar que há uma relação entre volume retirado e IMC. Uma vez que pacientes com IMC mais elevados tiveram grande volume de gordura aspirada, a taxa de compicações foi inferior (em comparação com pacientes que tiveram menor IMC e removidos a mesma quantidade de gordura).

Resumindo, “os pacientes obesos podem tolerar volumes maiores de lipoaspiração sem um aumento do risco de complicações”. Os resultados do estudo liderado pelo Dr. Kim gerou um conceito de limite de volume de lipoaspiração relacionado ao IMC. O cálculo não é exato, com números absolutos, mas indica um limite de volume de gordura, onde as complicações aumentar significativamente. “A nossa ferramenta de avaliação de risco pode ajudar ainda mais na tomada de decisão compartilhada entre o cirurgião e o paciente, ligando o IMC e os volumes de lipoaspiração”, concluiu o especialista.

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