Geral | 6 de novembro de 2014

Novembro Azul, mês de conscientização sobre câncer de próstata

Campanha ressalta a necessidade de exames de prevenção
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No dia 17 de novembro é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. Assim como o Outubro Rosa chama a atenção das mulheres para o câncer de mama, o Novembro Azul é de conscientização sobre o câncer de próstata. A iniciativa ressalta a necessidade dos exames de prevenção do câncer de próstata.

A ideia do Novembro Azul é clarificar as informações sobre a doença que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), acomete um em cada seis homens no Brasil. No dia 3, o Congresso Nacional recebeu uma iluminação diferenciada, azul, iniciando a campanha nacional de conscientização sobre o câncer de próstata (Veja Aqui:), idealizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma), de acordo com o Inca. É o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

As estimativas do Inca indicam que 69 mil novos casos deverão ser diagnosticados somente em 2014, um a cada 7,6 minutos. Mais do que isso, cerca de 13 mil brasileiros morrerão em decorrência da doença, o equivalente a um óbito a cada 40 minutos.

Após o aparecimento dos sintomas, mais de 95% dos casos de câncer de próstata já estão em fase avançada. Assim, conforme orientação da SBU, torna-se extremamente importante o exame regular através do toque retal e do PSA (antígeno prostático específico). Conforme o presidente da Sociedade, Carlos Corradi Fonseca, o câncer de próstata reduz 7,3 anos da vida do homem. O urologista recomenda que, a partir de 50 anos, todo homem deve fazer o exame periódico. Caso haja histórico familiar, ou se a pessoa for negra ou obesa, a recomendação é procurar um urologista um pouco antes, a partir dos 45 anos.

O exame de toque e o PSA, feito por meio da coleta de sangue, podem detectar a maior parte dos tumores em fase inicial, com chances de cura de 90%.

O câncer de próstata não pode ser prevenido, mas há 90% de chances de cura quando diagnosticado precocemente, o que torna os exames periodicamente a melhor maneira de se prevenir contra a doença. O ritual compreende o toque retal e o exame de sangue, para checar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico). Havendo suspeita, o paciente deve se submeter à biópsia da próstata. O toque retal é considerado indispensável e não pode ser substituído pelo exame de sangue, ultrassom ou qualquer outro.

Exames diagnósticos

 Toque retal: Utilizado para diagnosticar qualquer anormalidade na próstata. De acordo com especialistas, o exame deve ser realizado por homens acima de 50 anos. Dura aproximadamente 10 segundos, é simples e praticamente indolor. É sempre recomendável e fundamental para detectar o estágio da doença e para definição do tratamento.

PSA (antígeno prostático específico): Dosagem de uma proteína do sangue por meio de exame de sangue. O valor limite do PSA aceitável é abaixo de 4 ng/ml, porém podem existir tumores com PSA abaixo deste valor. Quando o PSA estiver acima de 10 ng/ml há indicação formal para biópsia. Para valores entre 4-10 ng/ml, deve-se também levar em consideração a velocidade do PSA e a relação PSA livre/total.

Ultrassom transrretal: Pode ser usado para orientar a biópsia da próstata. Também poder ser útil na determinação do volume prostático e para avaliar a extensão local da doença.

Cintilografia óssea: Fundamental na identificação do estágio do câncer da próstata, sendo altamente sensível, porém pouco específica. É indicada em todo paciente portador de câncer da próstata com PSA > 20ng/ml e PSA entre 10-20 com graduação histológica de Gleason > 7.

Fatores de risco

Hereditariedade – Se houver dois ou mais parentes de primeiro grau portadores da doença, e se a mesma foi descoberta antes dos 60 anos de idade, podem ser sinais de risco.

Idade – Como em outros tipos de câncer, a idade é um marcador de risco importante. No caso da próstata, há um significado especial, pois tanto a incidência como a mortalidade aumentam exponencialmente após os 50 anos.

Alimentação – Antiga e valiosa recomendação. Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais e pobres em gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também o risco de outras doenças crônicas.

Hábitos de vida – Fatores associados com câncer da próstata foram detectadas em alguns estudos incluem o “crescimento análogo à insulina”, o consumo excessivo de álcool e o tabagismo. Homens com sobrepeso e obesos também possuem maior risco de desenvolver câncer de próstata.

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