Gestão e Qualidade, Mundo | 3 de outubro de 2016

Modelo integrado une arquitetura e gestão assistencial 

Ambiente mais acolhedor, agilidade no atendimento e alta qualidade assistencial são os focos
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Seguindo uma tendência que enfatiza o atendimento rápido e direcionado ao paciente para acelerar a alta, um projeto de expansão que consiste em uma nova unidade de curta permanência, outra de cuidados urgentes e uma nova emergência, foram as principais adições na infraestrutura do Swedish Medical Center, um campus hospitalar na localidade de Edmonds, ao norte de Seattle, no estado norte-americano de Washington (EUA). O amplo projeto integrou o desenho interno ao serviço de médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde, em um novo “ambiente” focado na agilidade e na prestação de serviços centrados no paciente. Sob o conceito de inovação e flexibilidade, a arquitetura abriga um novo tipo de sala de observação (foto principal) – em que os colaboradores podem monitorar pacientes – e espaços que possam acomodar futuras linhas de serviço.

Processos e assistência

O estabelecimento de saúde escolheu a empresa CEP America, que aloca profissionais de assistência com capacidades para atuarem como incentivadores da melhoria e da produtividade – e orientados para alcançar métricas de qualidade e identificar oportunidades de melhoria- , para ajudar na transição. “Nossos médicos são especialistas em remoção de barreiras à integração, para que os pacientes recebam o cuidado certo no lugar certo no momento certo”, diz o site da empresa.

“Reduzir a duração da internação para os pacientes, otimizar a alocação de leitos e assegurar a admissão mais rápida dos pacientes para ajudar a aliviar a superlotação no departamento de emergência”, são os principais objetivos do sistema a ser empregado pelo . Um dos elementos de auxílio para isto é o próprio projeto de arquitetura do Swedish Medical Center.

O novo programa integra a emergência existente, conta com a equipe clínica da CEP, e adiciona a unidade de curta permanência criada para pacientes que necessitam de observação prolongada, mas não precisam de internação. Este modelo “irá permitir um diagnóstico rápido para que os pacientes recebam cuidados personalizados apropriados e possam ser liberados assim que suas condições clínicas sejam resolvidas”.

“A nova unidade de cuidados urgentes inclui uma um raio-x digital de última geração e um projeto de design característico que coloca as estações de trabalho alinhadas às salas de exame, para que os profissionais possam facilmente verificar os pacientes”. A instituição também inclui salas para consultas de “atendimento rápido” para pacientes com lesões ou doenças que não necessitam de uma mesa de exame. “Para aumentar ainda mais a eficiência para os doentes, os processos de fluxo de trabalho foram estabelecidos para que os pacientes sejam recebidos e prontamente passem por uma triagem”.

O projeto dos dois andares destinados ao departamento de emergência, apresenta uma nova entrada, uma seção especialmente concebida para o tratamento de emergências de saúde comportamental, um novo espaço ambulatorial para diagnóstico por imagem, uma loja e um café.

“O segundo andar do edifício permite a futura expansão dos serviços clínicos. A instalação foi projetada para oferecer assistência ao paciente de alta qualidade em um ambiente mais acolhedor”, diz o artigo Health Facilities Management. “Esta nova instalação foi concebida de uma forma muito cuidadosa e metódica, a fim de melhorar a experiência para os pacientes, familiares e outros membros da comunidade”, explica Jennifer Graves, CEO, da Swedish Edmonds. “Desde o fluxo dos quartos à colocação dos vários equipamentos e suprimentos, tudo está em uma localização estratégica”.

O design da nova emergência facilita o ingresso de uma variedade de profissionais de saúde – médicos, enfermeiros e técnicos de diversidade de especialidades – para que o espaço seja ideal para o atendimento ao paciente, comunicação e fluxo de trabalho, acrescenta Jennifer Graves. A emergência inclui 28 salas de exame, incluindo quatro salas dedicadas à saúde comportamental e duas modernas salas de traumatologia e uma área de avaliação médica rápida para garantir que os pacientes tenham acesso no tempo adequado, aos cuidados necessários. Também tem um scanner de tomografia computadorizada com sistema de segurança para quedas de energia.

Arquitetura

O design e a arquitetura desenvolvido para a instituição, coordenado pela empresa de arquitetura NBBJ, de Seattle, é inspirado na arborização local, na topografia montanhosa e proximidade com o estuário de Puget Sound (canal que liga as localidades da região metropolitana de Seattle), bem como a história do trabalho dos residentes da região. A chamativa fachada do prédio (veja fotos abaixo), conta com uma queda d’água artificial com 4,5m de altura e um novo lobby com mais de 2 mil metros quadrados. Puget Sound também é utilizado para se referir à região onde está localizado o hospital.

A recepção, cujo piso é feito com a madeira retirada do Puget Sound, simboliza a própria história da instituição em harmonia com a cidade. O novo lobby também possui uma parede que é um patrimônio, na qual a equipe do projeto concebeu para celebrar o campus, a arquitetura e a atividade da Swedish Edmonds ao longo dos anos. Na parede estão 10 xilogravuras – gravadas a laser e que ilustram a rica herança da região – foram criadas usando fotografias autênticas fornecidas pelo Edmonds Historical Museum.

Uma “cápsula do tempo” (recipiente que guarda objetos e informações, foi guardada para ser aberta no futuro), simbolizando a modernização com respeito ao passado.

A equipe de projeto incluiu uma série de princípios e práticas sustentáveis na concepção da instalação. “Entre eles estão o uso de vidros isolantes, que permitem a absorção do calor solar; abastecimento local e reaproveitamento de materiais naturais; acesso à natureza e à luz do dia; e o uso de paisagismo nativo, para valorizar a cultura de uma região saudável”.

O design seguiu uma meta de redução de consumo de energia de 54% abaixo da média regional, e uma intensidade de utilização de energia de 125 kilowatt/hora. “De acordo com o Departamento de Energia, o índice médio de uso de energia para uma instalação de cuidados urgentes, clínicos e ambulatoriais é de 182,7 kilowatt/hora”, revela o artigo.

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