Gestão e Qualidade | 9 de janeiro de 2017

Medicina Diagnóstica faturou 25 bilhões de reais no país

Empresas de medicina diagnóstica focam na integração e no crescimento orgânico
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O Grupo Sabin, uma das maiores empresas de medicina diagnóstica do Brasil, prevê um faturamento próximo de R$ 1 bilhão em 2017, através do foco na integração dos seus negócios.

Nos últimos dois anos, houve uma grande expansão do Sabin, com oito aquisições feitas. Para o ano que se inicia, o objetivo é a integração e o crescimento orgânico em exames de imagem, modalidade oferecida em apenas três das 20 praças em que atua.

A rede de medicina diagnóstica pretende investir, nos próximos 12 meses, R$ 100 milhões – mesma quantia usada em 2015 e 2016 para consolidar o crescimento. Porém, anteriormente uma parcela representativa foi destinada às aquisições, o que não deve se repetir em 2017, conforme informações do jornal Valor Econômico.

Em 2016, a receita cresceu 32% para R$ 740 milhões e foram realizados 40 milhões de exames. Com a recente expansão, a estimativa é que o faturamento chegue próximo a R$ 1 bilhão.

O Sabin possui 225 unidades, distribuídas por Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Amazonas, Pará, Distrito Federal, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Esse ano, pretende abrir outras 20 e ingressar em três novas cidades. Na primeira semana de 2017, foi aberto o primeiro laboratório em Roraima. O projeto de expansão também prevê uma maior oferta de exames de imagem nas unidades das cidades de Uberaba (MG), Uberlândia (MG) e Salvador (BA). Não há previsão ou qualquer divulgação oficial para a abertura das primeiras unidades no Rio Grande do Sul.

Fundado em 1984 em Brasília, o Sabin consolidou sua marca através do Laboratório Sabin de Análises Clínicas, e se manteve apenas com exames de análises clínicas por 30 anos, antes de apostar nos segmentos de exames de imagem e vacinação. “Há uma demanda de clientes que querem fazer todos os exames num só local”, destacou Lídia Abdalla, presidente do Sabin.

“Uma das nossas prioridades neste ano será o investimento em equipamentos de imagem”, complementou a executiva.

Hospitais e operadoras de planos de saúde têm investido em medicina diagnóstica. Entre os hospitais que vêm apostando nesse segmento nos últimos anos estão os hospitais Albert Einstein, Sírio-Libanês, HCor, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa e Rede D’Or e operadoras como Amil, NotreDame Intermédica, Hapvida e o sistema Unimed.

Conforme dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), o setor de medicina diagnóstica tem cerca de 10 mil laboratórios privados e faturou R$ 25 bilhões em 2015. Da receita total, 60% vem de exames de análises clínicas a 40% da área de imagem.

Muitas redes seguiram pelo caminho de abrir o capital no ano passado. Em outubro, a Alliar levantou R$ 766 milhões em sua oferta inicial de ações (IPO) e o laboratório Hermes Pardini, com sede em Minas Gerais informou, em dezembro, que também pretende fazer um IPO.

As líderes do setor, Dasa e Fleury, ambas com atuação em Porto Alegre, respectivamente nos hospitais Mãe de Deus e Moinhos de Vento, têm capital aberto, mas as ações da Dasa estão praticamente todas nas mãos do antigo proprietário e fundador da Amil, médico Edson Godoy Bueno. A vantagem dessas empresas é que elas já fizeram a integração das aquisições, estão organizadas e capitalizadas para investir tanto em crescimento orgânico quanto na compra de ativos.

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