Gestão e Qualidade | 13 de novembro de 2014

Hospital Moinhos inicia treinamento para tratamento inédito na América do Sul

Núcleo de Tratamento do Enfisema se prepara para oferecer implante de Colis
Hospital Moinhos de Vento apresenta novo Centro de Terapia Hematológica

Os profissionais do Núcleo de Tratamento do Enfisema do Hospital Moinhos de Vento iniciaram treinamento inédito na América do Sul para, em breve, oferecer grandes benefícios aos pacientes com enfisema pulmonar. O implante de Colis (mola) é uma técnica já aplicada com êxito em diversos países, como Alemanha, Bélgica, Holanda, França e Turquia.

Na Europa o procedimento é, inclusive, coberto pelos planos de saúde ou pelos próprios governos. Mais de mil procedimentos são realizados ao ano. “O grande benefício da técnica é oportunizar o tratamento para pacientes até então sem opções”, explica o médico-coordenador do Núcleo, Dr. Hugo Goulart de Oliveira, responsável por trazer a nova prática para o Brasil.

Atualmente, de cada 10 pessoas que buscam o Núcleo apenas três têm condições de fazer o tratamento com válvulas. Com o novo procedimento a estimativa é que seja possível dobrar a quantidade de pacientes atendidos.

Dr. Hugo Oliveira participou recentemente do Congresso Europeu de Pneumologia, em Munique, e acompanhou de perto 12 procedimentos de implante de Coils em renomados hospitais da  Alemanha, Suíça, França e Espanha. Ao retornar a Porto Alegre, o especialista apresentou a prática durante o X Curso de treinamento no tratamento endoscópico do Núcleo, realizado no HMV. “Tenho convicção de iniciar o mais rápido possível a introdução dessa nova técnica. Em caráter experimental, a previsão é de que os primeiros pacientes possam ter início ao tratamento em janeiro ou fevereiro de 2015”, estima o coordenador.

Vale lembrar que o procedimento precisa obter o registro na Anvisa para ser utilizado rotineiramente no Brasil, o que deverá levar em torno de dois anos.

O Núcleo de Tratamento do Enfisema do HMV é referência internacional, sendo responsável pela formação de mais de uma centena de especialistas. Além disso, fornece suporte e monitoramento de pacientes que são tratados na Argentina, Uruguai, Colômbia, Paraguai e Brasil.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é a quarta causa de morte no mundo, com cerca de três milhões de óbitos por ano. No Brasil, atinge 15% da população acima dos 40 anos. Em casos avançados as únicas alternativas de tratamento eram o transplante de pulmão e a cirurgia de redução de volume pulmonar. Desde 2001, no entanto, tem ganhado força a técnica endoscópica como a colocação de válvulas.

VEJA TAMBÉM