Gestão e Qualidade, Política | 8 de março de 2024

Hospitais ainda aguardam chamado do IPE para negociar modelo de remuneração

Outro ponto que os hospitais alertam é para a demora na devolutiva de pedidos de autorização de exames e procedimentos. A situação se agravou na última semana, impedindo a realização dos serviços e trazendo descontentamento aos usuários do IPE.
Hospitais ainda aguardam chamado do IPE para negociar modelo de remuneração

Uma semana após pedirem ao IPE Saúde a reabertura da mesa de negociações sobre o novo modelo de remuneração, os hospitais de média e alta complexidade do Estado ainda aguardam retorno. Com isso, a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul) e a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do RS (Federação RS) temem prejuízos ao atendimento dos mais de 1 milhão de usuários do plano.


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Em fevereiro, um conjunto de portarias que alteram significativamente a forma de remunerar os prestadores de serviços foram publicadas pelo IPE Saúde. As medidas entrariam em vigor no mês de março. Entretanto, após críticas dos hospitais de médio e grande porte de diferentes regiões, responsáveis por mais de 60% dos atendimentos do IPE, o Governo do Estado prorrogou para abril o início da vigência das medidas.


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“Essas portarias, por exemplo, excluíam a possibilidade de uso de alguns medicamentos, o que interfere nas condutas médicas. Os hospitais já disseram reiteradas vezes ao IPE que as novas instruções normativas ocasionarão uma queda de até 33% no faturamento anual das instituições, fazendo com que elas passem a operar no prejuízo. Se nada for feito, não teremos como manter a oferta de tratamentos oncológicos, cirurgias cardíacas e neurológicas, entre outros procedimentos. É um contingente enorme de pessoas, em todas as regiões do Estado, que baterá na porta do SUS, um sistema que já está exaurido”, pontua Luciney Bohrer, presidente da Federação RS.


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Presidente da Assembleia e líderes de bancada tratarão do assunto

Na próxima segunda-feira, às 17h30min, o tema será tratado na Assembleia Legislativa, pelo presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Brito (PP), e pelos líderes de diferentes bancadas.

“Vamos mostrar aos deputados, que representam as comunidades de diferentes regiões, o prejuízo que essas medidas trarão aos hospitais e o risco real de interrupção de tratamentos. O IPE é o maior plano de saúde do Estado, tem mais de 1 milhão de usuários e precisa ser tratado com o tamanho que possui, explica o presidente da Fehosul, Cláudio José Allgayer.

Atraso nos pedidos de autorização

Outro ponto que os hospitais alertam é para a demora na devolutiva de pedidos de autorização de exames e procedimentos. A situação se agravou na última semana, impedindo a realização dos serviços e trazendo descontentamento aos usuários do IPE.

 



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