Geral | 29 de maio de 2013

Grupo de Patologia da FEHOSUL discute relações com o mercado

Reunião foi realizada nesta quarta-feira, 29
Grupo de Patologia da FEHOSUL discute relações com o mercado

Dirigentes de Laboratórios de Anatomia Patológica – que integram o Grupo FEHOSUL de Patologia – reuniram-se nesta quarta-feira, 29, na sede da Federação, para dar continuidade ao trabalho que o grupo está desenvolvendo de mobilização visando melhor reconhecimento de parte da sociedade.

Na abertura da reunião, o presidente da FEHOSUL, Dr. Cláudio José Allgayer, elogiou a iniciativa os participantes e a união em busca de objetivos comuns. “Vocês estão de parabéns. Conseguiram desenhar e sugerir um movimento e o grupo adquiriu uma  força intrínseca, com todos sendo atores e protagonistas. Este movimento tem início, consistência e está pronto para colher os primeiros resultados”, enalteceu o presidente da entidade.

De acordo com Dr. Allgayer, os integrantes do Grupo FEHOSUL de Patologia representam mais de 90% das empresas de Patologia do Estado. “Hoje, além de médicos altamente especializados, vocês são empresários da saúde no campo específico da anatomia patológica e precisam interiorizar esse conceito”, afirmou.

Na pauta da reunião, os integrantes do grupo tomaram algumas decisões referentes ao segmento após algumas proposições do presidente da FEHOSUL.  “Este é o momento de definirmos as nossas metas para os próximos meses de 2013, especialmente até a data fatal de 12 de agosto, quando vence o prazo final para a consolidação dos instrumentos contratuais entre as clínicas e as operadoras de saúde referente à IN (Instrução Normativa) 49”, alertou Dr. Allgayer.

O grupo decidiu que irá trabalhar com as operadoras de saúde mediante a tabela de remuneração e rol de procedimentos constantes da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos) de 2012, que é a última versão. Porém os laboratórios poderão aplicar um deflator, negociado caso a caso, com as operadoras de saúde.

Outro ponto acordado na reunião é sobre o índice de reajuste que deverá ser incluído nos contratos revistos e ajustados seguindo as normas da IN 49. O grupo optou pelo IGP-M/FGV (Índice Geral de Preços do Mercado) e fixou o dia 1o de julho como a data base da categoria para, a cada ano, revisar os contratos firmados com as operadoras de saúde.

Outra sugestão do Dr. Allgayer e acatada por todos é fazer contato com o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), para alinhar questões relativas ao segmento da patologia. Segundo o presidente da Federação, há alguns problemas que os laboratórios estão enfrentando, de desvios éticos por algumas instituições e que precisam ser comunicados ao Cremers.

“Vamos colocar a FEHOSUL à disposição, além da nossa Assessoria Jurídica, para auxiliar nessa questão junto ao Cremers, agendar reuniões com a diretoria daquela entidade, para que juntos possamos encontrar uma solução. Outra medida que podemos adotar é acionar as Vigilâncias Sanitárias dos municípios e também do Estado, pois essa questão de empresas de fora do Rio Grande do Sul, sem responsável técnico, estarem atuando no Estado, é uma infração sanitária”, declarou Dr. Allgayer.

Sobre a relação com o IPE-Saúde, a Dra. Nara Pütten informou que a instituição de saúde tem se mostrado interessada em solucionar os problemas relacionados ao PIN-PAD e a baixa remuneração que o não uso do cartão gera aos laboratórios. “O IPE está em contato constante comigo para questionamentos e em busca de resolver essa questão. Mas não vi nenhum avanço quanto às remunerações dos procedimentos, como havíamos solicitado há algum tempo”, afirmou.

O Diretor Executivo da FEHOSUL, Dr. Flávio Borges, fez um breve relato dos últimos acontecimentos envolvendo o IPE-Saúde e os prestadores de serviços, especialmente na última semana, quando houve o Dia de Alerta e hospitais e médicos paralisaram os atendimentos e procedimentos eletivos no dia 22 de maio.

“Também registramos em cartório uma notificação extrajudicial na qual exigimos que o IPE-Saúde solucione todos os problemas com os prestadores de serviços e os médicos no prazo máximo de 30 dias. Se até o final de junho não obtivermos nenhuma resposta, vamos tomar medidas mais agressivas que estão sendo alinhadas entre todos os integrantes do Grupo Paritário”, declarou Dr. Flávio Borges.

Relação com operadoras de saúde

Alguns representantes de laboratórios aproveitaram a reunião para expor seu descontentamento com determinadas operadoras de saúde, afirmando até que iriam pedir o descredenciamento junto às empresas.

Com a prorrogação do prazo de adequação dos contratos pela Instrução Normativa (IN) 49 para 12 de agosto, o grupo decidiu não efetuar o descredenciamento neste momento. Optaram por tentar, mais uma vez, negociar junto a todas as operadoras, mesmo essas que estão causando insatisfação nos laboratórios de anatomia patológica, a adequação dos contratos dentro das normas e regras estabelecidas pela ANS.

“Se isso não ocorrer neste novo prazo da agência, votamos todos pelo descredenciamento geral com essas operadoras problemáticas. É uma decisão do segmento e que todos estão de acordo. Estamos cada vez mais unidos e fortalecidos com nossas conquistas”, emendou a Dra. Tamara Mattos, coordenadora do grupo.

VEJA TAMBÉM