Mundo | 31 de julho de 2014

Droga para o colesterol pode reduzir risco cardíaco

Medicamento está sendo desenvolvido pelas empresas Sanofi e Regeneron
alirocumab

Um medicamento desenvolvido pelas empresas Sanofi e Regeneron apresentou grandes resultados no combate ao colesterol. Como consequência, tem potencial para prevenir ataques cardíacos e derrames.

Pertencente à classe de medicamentos chamados inibidores de PCSK9, o alirocumab é injetável. Caso seja aprovado pelos órgãos reguladores, poderia baixar o “mau” colesterol (LDL) de uma nova maneira, o que geraria lucros bilionários.

Segundo a agência Reuters, em pesquisa de Fase III que envolveu 2.341 pessoas, uma análise interna de segurança mostrou que os que utilizaram alirocumab eram menos propensos, em comparação àqueles que receberam placebo, a sofrer eventos cardiovasculares, incluindo morte cardíaca, infarto, AVC, e dores no peito que requerem hospitalização. Os resultados deverão ser divulgados oficialmente em 2015.

Embora os benefícios tenham sido registrados, executivos da Regeneron ressaltam que os estudos visam a segurança e eficácia na redução do colesterol LDL.

Para cortar o colesterol, os inibidores de PCSK9 bloqueiam uma proteína que impede o organismo de eliminar o LDL da corrente sanguínea. Os efeitos colaterais mais comuns nos ensaios incluíram nariz entupido e infecções das vias respiratórias superiores. As empresas Amgen e Pfizer também estão trabalhando em fármacos inibidores de PCSK9, mas não apresentaram nenhum resultado satisfatório.

Quando o alirocumab foi combinado com estatinas, houve corte de LDL quase 70% superior em relação a reduções observadas com estatinas em monoterapia. Nove ensaios clínicos mostraram que após 24 semanas, a redução de LDL com alirocumab foram consistentes.

Os testes envolvem pacientes cujos níveis de colesterol são elevados e não são suficientemente controlados por estatinas e outros tratamentos existentes. As empresas pretendem conseguir aprovação para a droga até o final do ano. Sanofi e Regeneron vão solicitar uma revisão prioritária para a FDA para que a decisão saia em seis meses, ao invés dos habituais 10 meses.

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