Geral | 4 de agosto de 2013

Dia da Saúde, do Médico Patologista e da Farmácia

Entenda mais sobre estas datas
Dia da Saúde, do Médico Patologista e da Farmácia

Em homenagem ao nascimento de Oswaldo Cruz, um dos maiores médicos brasileiros da história, nesta segunda-feira, 5 de agosto, é celebrado o Dia Nacional da Saúde. A data foi instituída em 1967 e serve para promover a educação sanitária e instigar a consciência da população sobre um tema de vital importância.

Oswaldo Cruz, falecido em 1917 com apenas 44 anos, foi pioneiro no estudo de doenças tropicais e da medicina experimental no Brasil. Além de exercer a profissão, foi Diretor-Geral de Saúde Pública (equivalente a ministro da saúde), cargo que ocupou entre 1903 e 1907, e combateu vigorosamente a febre amarela, a peste bubônica e a varíola. Quatro anos antes de morrer por insuficiência renal, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.

Data também é especial para os Médicos Patologistas

Esta segunda-feira também marca o Dia do Médico Patologista, profissional imprescindível para o diagnóstico de doenças. O médico patologista desenvolve um trabalho que requer vasto conhecimento para analisar tecidos e células, diagnosticando doenças como o câncer.

“Estamos por detrás da maioria dos diagnósticos, apontamos a extensão de uma lesão, auxiliamos cirurgiões e clínicos, por exemplo. Antes do patologista escrever o laudo o paciente não possui, ‘oficialmente’ a doença, não podendo buscar tratamento, tão pouco sabe se o seu caso é grave ou não”, afirma Tamara Mattos, médica patologista, com exercício profissional em Porto Alegre.  Como quem usualmente solicita exames aos médicos patologistas são outros médicos, o contato pessoal com o paciente não é tão frequente. Em função disto, existe um relativo desconhecimento, na sociedade, sobre quem é o Médico Patologista.

Há cerca de um ano, médicos patologistas se uniram e constituíram o Grupo de Anatomia Patológica, a partir de uma inciativa da  Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (FEHOSUL). O grupo se reúne periodicamente, com o apoio e assessoria da Federação, discutindo entre outros temas, a relação com as operadoras de saúde.

Paralelamente, se formatou o Movimento dos Médicos Patologistas do Rio Grande do Sul. O Movimento busca dar mais visibilidade ao profissional junto à população, através de ações de comunicação, como o anúncio veiculado no jornal Zero Hora (foto abaixo). “Queremos valorizar o patologista, tornar ele conhecido da sociedade, pois a maioria da população não tem noção da sua importância”, analisa a Dra. Tamara Mattos, coordenadora do movimento.

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Outro objetivo do Movimento é alertar a população da situação enfrentada pelos laboratórios de anatomia patológica, onde os médicos patologistas exercem seu ofício “Ao longo dos anos a gente esteve muito atrás do microscópio. O patologista ficou alienado da parte comercial e houve uma importante defasagem na remuneração. Os custos dos exames e os salários de nossos funcionários cresceram, enquanto os valores repassados pelos convênios estão estáticos há anos. Hoje estamos num ponto inviável, estamos sendo obrigados a não aceitar alguns planos de saúde importantes, e é necessário informar o motivo desta situação. A pior coisa para um paciente é saber que seu plano de saúde não possui uma rede ampla de médicos capazes de diagnosticar doenças graves como o câncer”, pondera Tamara.

Hoje, segundo a coordenadora do Movimento, praticamente todos os laboratórios de patologia do Estado estão reunidos no grupo coordenado pela FEHOSUL, e também no Movimento.  “No interior existiam grupos de patologia que não se comunicavam. Agora o pessoal está conversando. Em Caxias do Sul, por exemplo, havia muita desunião, assim como em Lajeado. Com a aproximação, todos falam a mesma língua, a troca de ideias é constante. Antes era cada um no seu laboratório”.

Algumas conquistas estão prestes a se concretizar, como é o caso da negociação com a Golden Cross.  “Na primeira conversa, no inicio do ano, eles não foram receptivos, até porque nunca tinham ouvido falar em problemas relativos aos valores pagos, e não viam possibilidade de reavaliação. Decidimos, em conjunto com a FEHOSUL, comunicar que os laboratórios se descredenciariam. A operadora propôs uma tabela nova, contratos no padrão da ANS e com valores mais adequados”.

Dia da Farmácia homenageia uma das mais importantes áreas da saúde

O farmacêutico do século XXI atua em três modalidades básicas: Fármacos e Medicamentos; Análises Clínicas e Toxicológicas; e Alimentos. O primeiro curso de farmácia no Brasil foi criado em 1832, no Rio de Janeiro, um ano após a profissão ser regulamentada.

Quase dois séculos depois de ter sido implantado no país, a realidade do mercado farmacêutico é curiosa, como revelou uma pesquisa de 2012 feita pelo site do e-MEC. Existem 481cursos de graduação em Farmácia cadastrados no Ministério da Educação, sendo 81 públicos e 400 de instituições privadas. Em 2001, o número de cursos era de apenas 140, o que significa um aumento de 243,6% em 11 anos.

Segundo o coordenador do curso de pós-graduação em Farmácia Hospitalar do IAHCS, farmacêutico Josué Schostack, a profissão está sofrendo alterações radicais.”  Hoje o farmacêutico está atrás do balcão vendendo, e a ideia da profissão não é essa, mas sim de alguém que orienta para o melhor tratamento que envolve um medicamento. É uma evolução, porque a população quer um farmacêutico mais atuante, não apenas uma ligação entre médico e paciente. Legislações exigem que o profissional passe o tempo todo na farmácia, mas essa visão está mudando”, considerou.

Dados do Conselho Federal de Farmácia (CFF) afirmam que o número de farmacêuticos no Brasil em 2010 era de quase 143 mil, sendo que 52.176 (36,5%) estão nas capitais e 90.665 (63,5%) no interior. O CFF registrou, em 2010, 82.204 farmácias e drogarias, 7.351 farmácias de manipulação, 1.053 homeopáticas, 5.631 hospitalares, 5.993 laboratórios de análises clínicas, 532 indústrias farmacêuticas e 3.821 distribuidoras de medicamentos.

“Estamos voltando à ideia das antigas boticas, onde o farmacêutico era valorizado. Antes da indústria, que chegou no Brasil na década de 1960, o farmacêutico manipulava o remédio mediante prescrição médica”, acrescentou Schostack.

Profissão de atuação nas áreas de pesquisa, produção e vendas, sua função no setor saúde é abrangente. Em 1997 a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um documento listando as qualidades e atividades do farmacêutico: Prestador de serviços farmacêuticos em uma equipe de saúde; Capaz de tomar decisões; Comunicador; Líder; Gerente; Atualizado permanentemente; Educador.

O documento  também faz referência à importância da profissão. “O papel do farmacêutico no mundo é tão nobre quanto vital. O farmacêutico representa o órgão de ligação entre a medicina e a humanidade sofredora. É o atento guardião do arsenal de armas com que o médico dá combate às doenças. É quem atende às requisições a qualquer hora do dia ou da noite. O lema do farmacêutico é o mesmo do soldado: servir. Um serve à pátria; outro serve à humanidade, sem nenhuma discriminação de cor ou raça”.

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