Estatísticas e Análises | 10 de março de 2021

CoronaVac é eficaz contra três variantes que circulam no Brasil, diz Butantan

Pesquisa foi realizada em parceria com a USP
CoronaVac é eficaz contra três variantes que circulam no Brasil, diz Butantan

O Instituto Butantan, que produz a CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, anunciou que o imunizante é eficaz contra três variantes em circulação no Brasil: a B.1.1.7, detectada no Reino Unido; a B.1.1.28, detectada no Brasil; e a B.1.351, detectada na África do Sul.

O anúncio foi feito em coletiva do Governo de São Paulo, nesta quarta-feira (10). Em uma pesquisa realizada por cientistas do Instituto Butantan e da USP, no ICB (Instituto de Ciências Biomédicas), foi apontado que a CoronaVac é eficaz contra novas variantes do coronavírus.

Estudos preliminares, realizados pelo Instituto Butantan em parceria com a USP, em pessoas vacinadas, demonstram que a Coronavac é capaz de neutralizar variantes do novo coronavírus. Os dados incluíram amostras de 35 participantes vacinados na Fase III. O estudo completo inclui um número maior de amostras, que já estão em análise. Os resultados completos serão divulgados posteriormente.

O diretor do Butantan, Dimas Covas (foto), explicou ainda que a variante P.1 é derivada da B.1.1.28, na qual foi verificada a eficácia da Coronavac.

“Estamos diante de uma vacina que é efetiva em proteção contra essas variantes que estão circulando neste momento”, disse Dimas Covas.

O Governo de São Paulo, em comunicado, aponta que as vacinas compostas de vírus inativado, como a CoronaVac, possuem todas as partes do vírus. Por isso, o Governgovenrto de São Paulo acredita que isso pode gerar uma resposta imune mais abrangente em relação ao que ocorre com outras vacinas que utilizam somente uma parte da proteína Spike (proteína utilizada pelo coronavírus para infectar as células).

“Outra característica da vacina inativada do Instituto Butantan é que ela consegue ter uma proteína Spike completa. As vacinas que têm fragmentos menores desta proteína têm menos chances de ser eficaz contra as novas variantes”, aponta o comunicado.

Nos testes realizados pelo Instituto Butantan são utilizados os soros das pessoas vacinadas (colhido por meio de exame de sangue). As amostras são colocadas em um cultivo de células e, posteriormente, infectadas com as variantes. A neutralização consiste em testar se os anticorpos gerados em decorrência da vacina vão neutralizar, ou seja, combater o vírus nesse cultivo.

Leia mais sobre o tema

Especialista analisa o momento atual da pandemia e o aumento da presença da variante P.1

“É muito segura”, afirma infectologista Fabiano Ramos, que liderou estudos da CoronaVac no RS

Com informações e foto do Governo de São Paulo. Edição do Setor Saúde.



VEJA TAMBÉM