Estatísticas e Análises | 6 de novembro de 2023

AVC mata 12 pessoas por hora no Brasil

Saber reconhecer os sinais e receber atendimento no tempo adequado podem ajudar a salvar a vida de quem teve um acidente vascular cerebral.
AVC mata 12 pessoas por hora no Brasil

Dor de cabeça forte sem razão aparente, dormência na face, braço ou perna, especialmente de um lado do corpo, e dificuldade para falar são alguns dos principais sintomas de uma grave emergência médica: o acidente vascular cerebral (AVC). A situação, que já é preocupante por si só, tem se tornado cada vez mais crítica, uma vez que o número de óbitos causados pela interrupção do fornecimento de sangue ao cérebro cresce exponencialmente. Hoje, o AVC já é a maior causa de morte no Brasil, com 85 mil vítimas só no ano passado.

Devido à gravidade da condição, é fundamental saber reconhecer os sintomas para buscar ajuda e conseguir socorro no menor tempo possível. Havendo suspeita de AVC, os médicos do Pronto-Socorro (PS) seguem um protocolo específico para atender o paciente. “Os padrões das melhores práticas mundiais estabelecem que o tempo entre a chegada ao hospital e o laudo da tomografia, quando há indicação, deve ser inferior a 45 minutos. No Hcor, conseguimos baixar para 35 minutos, em média, o que, além de diminuir as chances de sequelas, contribui para a redução do tempo de internação e da dependência de recursos terapêuticos”, revela Ricardo Araújo de Oliveira, neurologista do Hcor.


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A otimização do atendimento foi possível devido ao fluxo estabelecido pela instituição. Assim que a pessoa dá entrada no hospital, a equipe do PS dispara uma mensagem acionando os profissionais do Centro de Diagnósticos e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que se mobilizam para avaliar o paciente. Na área de urgência e emergência, há um tomógrafo próprio, com tecnologia avançada, capaz de oferecer imagens mais precisas e ágeis. “Além de otimizar a área de urgência e emergência do hospital, o novo equipamento oferece aos médicos um suporte diferenciado de imagem para o diagnóstico”, ressalta.

Com os recursos necessários para avaliação, o neurologista irá determinar se o AVC é hemorrágico (quando há rompimento de um vaso cerebral), isquêmico (quando há obstrução de uma artéria) ou transitório (quando há uma interrupção temporária do fluxo de sangue ao cérebro). O AVC hemorrágico é responsável por cerca de 15% dos casos, mas pode causar a morte com mais frequência do que o isquêmico. De acordo com o neurologista do Hcor, Dr. Robson Fantinato Baiense, o tratamento depende do paciente, do tipo de AVC e da extensão da lesão. “De modo geral, podem ser necessárias cirurgias para tratar a hemorragia e aplicadas medicações que dissolvem os coágulos que estão obstruindo as artérias”, explica.

Ainda segundo o Dr. Fantinato, a doença pode afetar as pessoas de diversas maneiras. “Existe a possibilidade de recuperação plena, mas também chances de sequelas que não trazem prejuízo para o dia a dia da pessoa ou de consequências mais graves, que comprometem funções importantes do cérebro. Quando ficam sequelas, a reabilitação pode ajudar a minimizar o impacto na qualidade de vida e aumentar a recuperação funcional”, esclarece.

 



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