Gestão e Qualidade, Política | 6 de julho de 2024

Movimento Pró-Saúde é lançado em Canoas

A sociedade civil organizada representada por empresas e entidades associativas se reuniram dispostas a auxiliar na recuperação da saúde do município após as fortes chuvas que atingiram o município.
Movimento Pró-Saúde é lançado em Canoas

Entidades promoveram o lançamento do Movimento Canoas Pró-Saúde na manhã desta sexta-feira (5), na sede do SESI Canoas. O movimento liderado pela sociedade civil congrega entidades como Sesi, Fehosul, Federação RS, Anahp, Amrigs, Unimed Porto Alegre, Sicredi, Força Aérea Brasileira, Hospital Einstein, Rede D´Or, Hcor, Grupo Doc, Iahcs, Ibsaúde, Promed, São Pietro Hospitais e Clínicas, Ulbra, LaSalle, Farmácias São João, Lions Club, Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, dentre outras. A união de esforços busca reestruturar as unidades de saúde atingidas e facilitar a oferta aos atendimentos de saúde no terceiro maior município do Rio Grande do Sul em termos de população e PIB.


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O secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta, destacou que 50% da cidade da Canoas ficou submersa, com 80 mil residências e 180 mil pessoas afetadas. A população da cidade é de 347 mil. “A saúde de Canoas foi drasticamente afetada pela enchente e as fortes chuvas. Tivemos danos em 19 unidades de saúde, três UPAs e no nosso Hospital de Pronto Socorro. Foi um grande desafio recuperar esses espaços e oferecer atendimentos adequados à população, mas com grande ajuda de todos esses apoiadores, conseguimos iniciar a recuperação do nosso sistema de saúde”, frisou.


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Sparta apresentou dados do levantamento realizado pelo Iahcs (Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde) em relação aos prejuízos no Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), hospital que é referência para 102 municípios e mais de 2 milhões de pessoas. Ao todo, o investimento necessário para recuperar todas as áreas do hospital e a estrutura do edifício é de cerca de R$ 70 milhões. “Estamos trabalhando com o Governo do Estado e Ministério da Saúde para recuperar o HPS. Ele é um hospital necessário não somente para o Canoas, mas para o Rio Grande do Sul. ” Mesmo com o Hospital fechado, os atendimentos do HPSC estão sendo realizados em espaço cedido pelo Hospital Nossa Senhora das Graças, em parceria firmada entre as duas organizações.

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O secretário da Saúde aproveitou para agradecer todas as empresas, governos, parlamentares e pessoas que desde o início dos acontecimentos têm enviado ajuda, voluntários, verbas, mantimentos e equipamentos para a saúde de Canoas.

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Conforme o prefeito Jairo Jorge (foto acima) o movimento apartidário “envolve toda a sociedade, para reconstruirmos a saúde do nosso município. É um momento de agradecimento, mas também de união. Tivemos um grande apoio das mais diversas entidades, que nos possibilitou já recuperar algumas unidades de saúde e oferecer novos espaços de atendimento aos canoenses, como três hospitais de campanha. ”


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Após a enchente, Canoas inaugurou a nova UPA Niterói, com funcionamento 24 horas. Também foram retomados os atendimentos em quatro unidades de saúde afetadas: Nova Niterói, Mato Grande, Concoban e São Luís. As demais unidades ainda passam por limpeza e recuperação do mobiliário. O SESI irá auxiliar financeiramente na recuperação da US Cerne. Já a UniRitter, na unidade Pedro Luiz da Silveira. As unidades União, Praça América e Harmonia terão apoio do Sicredi.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias realizou a doação de R$ 2 milhões à UPA Liberty Dick Conter (Caçapava). Os valores serão destinados à aquisição de equipamentos, mobiliário e, em caso de necessidade, reformas estruturais. As equipes da UPA Caçapava seguem atuando na sede do Centro de Especialidades Médicas (CEM), na Rua Brasil, 438, no Centro. No local, são realizados os serviços de pronto atendimento de casos de média complexidade, com funcionamento 24h.

Canoas segue com três hospitais de campanha atendendo à população, de domingo a domingo. São duas estruturas da Força Aérea Brasileira, que atende no Hospital Nossa Senhora das Graças e no CSSGAPA, das 8h às 18h. Já o Hospital da Força Nacional do SUS, que funciona no Hangar Cultural, atende 24h.


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Fehosul, Federasul, Federação RS

O presidente da Fehosul (Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do RS), Cláudio Allgayer, destacou que a entidade está empenhada em ajudar Canoas a recuperar a sua estrutura de saúde. “A Fehosul identificou cerca de 150 instituições prestadoras de serviços de saúde com danos após esta tragédia climática. Dentre elas, um hospital em Porto Alegre e outro em Canoas foram severamente atingidos. Na data de hoje, passamos a nos inserir também neste novo processo, com o intuito de acelerar a recuperação e diminuir os impactos para a população canoense”, destacou Allgayer.

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O coordenador do Grupo de Trabalho de Saúde da Federasul e sócio fundador da São Pietro Hospitais e Clínicas, Luciano Zuffo, igualmente parabenizou a iniciativa e falou sobre a necessidade de políticas efetivas para a recuperação da economia de todo o Estado, caso contrário haverá impactos ainda maiores nos investimentos da saúde, tanto pública como privada. “A Federasul está em uma luta muito grande para fazer com que o ciclo econômico e a economia do Estado se mantenha. Tivemos quase 65% dos CNPJs desativados em virtude desta catástrofe. Isto gerará uma elevada redução da arrecadação, o que implica enormemente em tudo o que estamos falando aqui. Também devemos como sociedade fazer pressão para que as empresas e os empregos sejam mantidos”, defendeu.

Pela Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do RS (Federação RS), o Superintendente André Lagemann, representando a presidente Vanderli de Barros, destacou o exemplo positivo de união que o movimento reafirma. “Viemos trazer a nossa solidariedade a este projeto e cumprimenta-los pela iniciativa com tantas lideranças, autoridades e entidades da comunidade para apoiar neste momento muito crítico. A nossa população precisa de casa, escola, mobilidade, empregos e saúde. São naturalmente o topo das necessidades das pessoas. Como entidade, estamos à disposição para ajudar qualquer equipamento de saúde, sejam eles públicos ou privados. É um grande desafio, não é barato, tão pouco rápido. Mas se não iniciarmos não vamos conseguir concluir. Parabéns a todos por estarem conosco. ”

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Falando via teleconferência de São Paulo, o Superintendente Corporativo (CEO) do HCor, Fernando Torelly, destacou que um dos pontos desta mobilização é também ajudar na melhoria da gestão hospitalar e assistencial.  “Que a gente possa reforçar a necessidade de apoiar e qualificar em termos de gestão e de protocolos de processos assistenciais no Hospital Universitário”, destacou.

 



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