Gestão e Qualidade | 24 de junho de 2024

Inverno exige mais cautela e cuidados de pacientes oncológicos

Baixas temperaturas provocam maior vulnerabilidade a infecções e complicações de saúde.
Inverno exige mais cautela e cuidados de pacientes oncológicos

A queda de temperatura, a concentração populacional em ambientes fechados e a maior disseminação de vírus e bactérias nesses locais tornam o inverno um período que representa vários riscos para pacientes oncológicos. Isto porque se trata de um público que possui seu sistema imunológico comprometido. “Eles são mais suscetíveis a infecções como gripe, pneumonia e inflamação na garganta devido a vários fatores relacionados ao câncer e aos tratamentos que recebem, como quimioterapia e radioterapia”, afirma o oncologista clínico Alexei Peter dos Santos, da Oncoclínicas RS (Oncoclínicas&Co).

No caso de câncer de pulmão ou outras condições respiratórias, essas pessoas podem ter sintomas agravados pelo ar frio e seco. Entre os cuidados a serem tomados, o especialista considera que o indivíduo deve manter-se aquecido usando roupas térmicas, cachecóis, luvas e gorros para proteger o corpo contra o frio. “É importante certificar-se que a casa está bem aquecida e evitar mudanças bruscas de temperatura”, orienta.


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Além disso, devem ser adotadas práticas para prevenção de infecções, tais como lavar as mãos com frequência com água e sabão ou usar álcool em gel e manter as vacinas atualizadas, especialmente contra a gripe e pneumonia, conforme orientação médica. Também é necessário reduzir o contato com pessoas doentes e evitar locais muito movimentados. “Principalmente, não falte às consultas médicas e siga as orientações do seu oncologista”, afirma Dr. Alexei. “Fique atento a sinais de infecção, como febre, tosse persistente, falta de ar e consulte o médico imediatamente se notar algo anormal”, complementa.

Riscos aumentados

 No inverno, os pacientes oncológicos podem enfrentar alguns riscos, incluindo dificuldade em manter a temperatura corporal adequada, o que aumenta a possibilidade de hipotermia, especialmente se estão anêmicos ou têm perda de peso significativa. O frio ainda provoca a contração dos vasos sanguíneos, o que pode agravar problemas circulatórios, notadamente em quem já tem complicações cardiovasculares. A pele também pode ficar extremamente seca e rachada, elevando a probabilidade de infecções cutâneas, que são mais difíceis de tratar em pessoas imunocomprometidas.

O oncologista esclarece ainda que o frio pode exacerbar dores articulares e musculares, limitando a mobilidade e a capacidade de realizar atividades diárias. Superfícies escorregadias devido a gelo ou neve oferecem mais risco de quedas, que podem ser especialmente perigosas para pacientes com ossos enfraquecidos por metástases ou tratamentos.  

Confira algumas recomendações: 

– Beba bastante água para manter-se hidratado, mesmo que a sensação de sede seja menor no frio; 


– Consuma alimentos nutritivos, ricos em vitaminas e minerais, para fortalecer o sistema imunológico; 


–  Utilize um umidificador para manter o ar úmido, evitando o ressecamento das vias respiratórias; 


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– Mantenha os ambientes ventilados, mas evite correntes de ar frio; 


– Use cremes hidratantes para evitar o ressecamento da pele, que pode ser mais comum no inverno


– Mesmo no inverno, aplique protetor solar para proteger a pele, especialmente se houver exposição ao sol; 


– Mantenha-se ativo com exercícios leves, conforme recomendação médica. Atividades monitoradas e protegidas, como alongamentos e caminhadas dentro de casa orientadas por profissionais habilitados, podem ser úteis.

 

 

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