Gestão e Qualidade | 20 de abril de 2023

HSVP de Passo Fundo é o primeiro hospital do RS a realizar técnica de ablação de miomas por radiofrequência

O Dr. Guilherme Gomes e a Dra. Hellen Portelinha utilizaram a técnica de radioablação percutânea para o tratamento de um mioma uterino
HSVP de Passo Fundo é o primeiro hospital do RS a realizar técnica de ablação de miomas por radiofrequência

No Brasil, cerca de 80% das mulheres sofrem com o aparecimento de miomas, bastante comum, em idade fértil. Dependendo da localização, os nódulos benignos uterinos podem ser assintomáticos ou apresentarem sangramento vaginal irregular e aumentado, dor pélvica, dispareunia e interferência na fertilidade. Por estes motivos, é importante o acompanhamento médico para a definição do tratamento medicamentoso ou cirúrgico.

Na última semana, um procedimento inédito no Rio Grande do Sul para a intervenção deste tipo de tumor foi realizado no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo (RS). O Dr. Guilherme Gomes e a Dra. Hellen Portelinha utilizaram a técnica de radioablação percutânea para o tratamento de um mioma uterino. O método minimamente invasivo é feito por via transvaginal sempre com o auxílio de dois especialistas (um radiologista intervencionista e uma ginecologista).


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Manter a possibilidade da paciente gestar

O procedimento de ablação de miomas por radiofrequência consiste na introdução de uma fina agulha no mioma que, guiada por um aparelho de ultrassonografia, transmite corrente elétrica para a ponta da agulha e promove a destruição mioma com a preservação e coagulação de seus vasos, preservando o útero saudável. Esta técnica evita cortes, riscos de sangramento, cicatrizes, não utiliza radiação e não causa a perda da função ovariana.

HSVP de Passo Fundo é o primeiro hospital do RS a realizar técnica de ablação de miomas por radiofrequência -

Conforme o Dr. Guilherme Gomes a escolha do procedimento considerou o fato da paciente ser jovem e ter o desejo de ser mãe. “Tratamos um mioma grande, que causava sintomas na paciente como sangramentos intensos fora do período menstrual e que já tinha provocado um aborto prévio. Foi optado pelo tratamento de radioablação devido ao alto risco da cirurgia de miomectomia tradicional acabar evoluindo para uma histerectomia radical (retirada do útero). O nosso desejo foi manter a possibilidade da paciente gestar, por isso, a ablação do mioma foi a decisão certa”, explicou o especialista.


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Sem necessidade de internação

A ginecologista e obstetra, que participou do tratamento, concorda que a técnica inovadora oferece muitos benefícios, como: a preservação da anatomia e das cicatrizes do útero, e a garantia de uma rápida recuperação da paciente. “A ablação de mioma uterino com radiofrequência é realizada de forma ambulatorial, é uma técnica minimamente invasiva e não necessita de internação. Inclusive, em alguns casos, a paciente que faz o procedimento pode retornar às atividades profissionais já no dia seguinte”, disse a Dra. Hellen Portelinha.

“Outras vantagens deste procedimento é que ele evita a realização de uma cirurgia grande, reduz custos e preserva a anatomia do órgão. Diferentemente de alguns casos, onde a miomectomia pode ser agressiva, a ablação por radiofrequência consegue destruir esses miomas sem modificar muito a saúde do útero. A nossa intenção é tratar miomas preservando a possibilidade de gestação”, acrescentou o Dr. Guilherme.


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