Empregabilidade e Aperfeiçoamento, Gestão e Qualidade | 14 de abril de 2015

10 dicas para gerar confiança dentro da equipe de trabalho

Como um líder em saúde conquista sua equipe
10 dicas para gerar confiança dentro da equipe de trabalho

A construção da confiança entre um líder de instituições como hospitais, e seus funcionários, começa com a criação individual de confiança. Uma via de dois sentidos, desde a gestão de pessoal, de confiança entre parceiros de negócios, entre os colegas, e do prestador de serviço com o paciente. O setor da saúde é o que trabalha com a mais vital das confianças, já que o “produto” a ser vendido é a vida e o bem-estar dos clientes/pacientes. Um recente estudo da Fast Company, chamado Building Trust in Business (Construindo Confiança nos Negócios) identifica três razões pelas quais se confia em colegas de trabalho:

O comportamento passado: Se você já se comportou como o esperado no passado, seus chefes e colegas acreditarão que você vai se comportar dessa forma no futuro. Neste caso, o desempenho passado pode muito bem prever retornos futuros.

Capacidade: Confiamos em pessoas com base em nossa percepção de sua capacidade, então é preciso confiar no médico para tratar uma doença.

Alinhamento: Se uma equipe está tentando alcançar um objetivo comum, cada um deve fazer sua parte. Soldados, por exemplo, confiam uns nos outros em relação à vida, porque todos estão buscando o mesmo objetivo comum.

A partir destes três princípios básicos, o site norte-americano Beckers Hospital Review, publicou artigo – assinado por Tom Peterson, presidente e CEO da empresa Clear Vision Information Systems – com 10 outras dicas para os líderes em saúde considerarem na construção de uma organização com base na confiança:

1. Faça o que você diz que vai fazer. É o mais simples de todos os elementos de confiança, mas é a base sobre a qual todo o resto é construído. Se você considerar os quatro elementos essenciais da confiança (integridade, honestidade, promessa de manutenção e fidelidade) todos eles voltam à esta noção básica.

2. Modele o comportamento da empresa pensando nas pessoas que você admira. Pense nas pessoas que você considera mais confiáveis. Provavelmente você pode contar nelas para fazer a coisa certa, mesmo quando é desagradável ou onerosa. A construção da confiança começa com uma cultura e uma compreensão de que todos, em todos os níveis e em cada interação, devem praticar essas qualidades.

3. Seja transparente em suas ações e comunique-se abertamente. Muitas vezes, o líder tende a se concentrar nos resultados e ignorar o processo; mas a compreensão de como a decisão foi tomada e o processo de pensamento por trás dele pode ter um enorme impacto sobre a forma como as pessoas trabalham. Isso significa envolver as pessoas nas decisões que os afetam diretamente. Quando as pessoas estão envolvidas são mais propensas a apoiar a decisão. Tratar as pessoas como adultas capazes, demonstra confiança. Os funcionários, em troca, vão confiar mais nesse líder.

4. Procure por profissionais com bons valores e de bom coração. O sucesso e a sustentabilidade em longo prazo de qualquer negócio dependem da qualidade, competência e ética da equipe. No momento em que um potencial empregado vai ser contratado, ele não pode dizer “a partir de amanhã eu vou ser digno de confiança”. Ou a pessoa é, ou não é confiável. Se você contratar pessoas com bons valores e bons corações, os aspectos técnicos de qualquer tarefa podem ser aprendidos. O relacionamento do supervisor com o relato dos funcionários é um alicerce fundamental de confiança.

5. Demonstre sua confiabilidade por meio de um desempenho consistente ao longo do tempo. Seguindo a lógica de que a vida não é uma série de gloriosas experiências, mas sim uma cadeia de pequenos acontecimentos, cada elo nessa cadeia é uma oportunidade para construir a confiança. Seja sólido. Seja consistente, e dê o exemplo em termos de como você mostrar confiança nos outros. Nunca se esqueça que os membros da equipe estão sempre observando e adotando comportamentos de acordo com o que você faz.

6. Mantenha-se fiel aos seus valores, mesmo em tempos difíceis. As empresas que se preocupam profundamente com retenção de confiança não fogem de situações difíceis. A confiabilidade é muito mais do que dizer a verdade literal ou depender de questões legais para sobreviver. Esconder informações ou dizer meias-verdades é essencialmente desonesto. Não caia nessa armadilha. É fácil ser franco, sincero e verdadeiro em tempos bons, mas e quando ocorrem momentos complicados? É nesse momento que a confiança e liderança são realmente postos à prova.

7. Tire vantagem do “não sei”. As pessoas raramente confiam em alguém que pensa que sabe tudo. Bons líderes podem ajudar a construir a confiança organizacional, reconhecendo que não têm todas as respostas e por se cercar de pessoas inteligentes (muitas vezes mais inteligentes do que eles), que gostam de debater e discutir de forma honesta. Nada constrói a confiança de forma mais eficaz do que um gerente dizendo que não sabe algo, mas vai descobrir e todos serão informados. A pior reação ocorre quando um gerente finge saber e entender algo e oferece informação errada. Empregados perdoam a falta de conhecimento, mas não um mentiroso.

8. Seja um gestor de mudança efetiva. Reconhecer que, historicamente, as pessoas perdem a confiança com o passar do tempo, em instituições que passam por mudanças. Talvez nenhuma indústria esteja passando por uma mudança tão constante quanto a saúde. Novos regulamentos, fusões e aquisições de instituições, surgimento de nova concorrência, novas demandas clínicas, mais tecnologia, etc. Como líder de uma organização de saúde, é preciso ter tempo para ajudar os funcionários a navegar por essas mudanças, e reconhecer que todos aceitam a mudança em um ritmo diferente.

9. Desenvolva um “código de ética”. Isso inclui uma ênfase na confiabilidade. Também pode envolver o desenvolvimento de um comitê de supervisão e instituir auditorias. Gere confiança e ética, aborde assuntos de governança corporativa, e estabeleça um sistema formal de medição de confiança que atinja todos os setores da instituição. Crie um programa de reconhecimento e recompensas que reconhece tais ações.

10. Evite os cinco “comportamentos letais”. Cinco fatores prejudicam a confiança: excesso de promessas, distorção da verdade, má prestação de serviço, falta de confiança por parte dos líderes no trabalho dos funcionários, e pouco envolvimento pessoal.

Acima de tudo, lembre-se que a confiança é um bem precioso que precisa ser desenvolvida e nutrida em todo relacionamento. Não é algo que a equipe de marketing, nem uma equipe executiva pode realizar diretamente. A pessoa que diz “confie em mim” é geralmente a última pessoa a ser confiável, se o que se faz não é o que se diz. Pense na confiança como um processo; e lembre-se, que de todos os princípios éticos contidos na ideia de caráter, a confiança é o mais complexo e o mais frágil. É difícil de obtê-la e ainda mais difícil de recuperá-la.

 

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