Mundo | 27 de dezembro de 2013

Medicamento da Gilead poderia erradicar a hepatite C

Produção da droga, vendida a US$ 1 mil o comprimido, envolve polêmicas em relação ao mercado mundial
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Uma pílula fabricada pela Gilead (Sovaldi) e com o custo de US$ 1 mil poderia ser o grande aliado para a erradicação da Hepatite C, afirmam os especialistas da Centers for Disease Control & Prevention. Embora tenha potencial para se tornar um dos medicamentos mais vendidos da história, a droga super-eficaz da Gilead já está envolta em polêmica, por causa do custo e porque alguns médicos e pacientes acreditam que a empresa tem buscado impedir que medicamentos concorrentes entrem no mercado.

Maior fabricante de drogas contra o HIV, a Gilead recebeu recentemente aprovação da FDA (órgão regulador norte-americano) para a produção de Sovaldi com preços que variam de US$ 1 mil por comprimido, ou US$ 84 mil para um custo de 12 semanas da terapia. O Sovaldi já demonstrou eficácia no combate ao vírus em muitos pacientes que não tiveram bons resultados em outros tratamentos.

Pesquisas realizadas pela International Strategy & Investment Group mostraram que as vendas do medicamento podem gerar US$ 3 bilhões em 2014, o que seria o maior sucesso da história da indústria. Como resultado, a Gilead ostenta uma capitalização de mercado de US$ 112 milhões, e a expectativa é de que as vendas quadrupliquem.

Os valores cobrados para o tratamento com o remédio, no entanto, tem gerado acusações. O programa Médicos Sem Fronteiras tem defendido o argumento de que deveria ser produzido como genérico, de modo a ser disponibilizado para um maior numero de pessoas a um preço mais acessível.

A Gilead pretende ampliar a produção com a combinação de uma segunda droga, Ledipasvir. Junto ao Sovaldi, a eficácia é de 95% na cura de pacientes com o genótipo 1 do vírus da hepatite C.

 

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