Geral | 14 de abril de 2014

Febre do chikungunya pode se espalhar pelo continente

Estudo aponta risco maior em metrópoles como o Rio de Janeiro
Febre do chikungunya pode se espalhar pelo continente

O vírus chikungunya, que já causou epidemias na Ásia, África, Europa e Caribe, pode se espalhar pelo Brasil e outros países das Américas, segundo estudo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com o Instituto Pasteur. O risco é maior em cidades populosas onde há grande presença do mosquito Aedes aegypti, um dos vetores da doença.

A preocupação cresceu após casos suspeitos da febre do chikungunya terem sido identificados na ilha de Saint Martin, no Caribe, em dezembro. O Brasil, até o momento, só registra pacientes que contraíram a doença em outro país. O estudo, publicado no Journal of Virology, mostra que o Aedes aegypit e Aedes albopictus presentes em dez países do continente americano são altamente capazes de transmitir a doença.

A maior chance de disseminação do chikungunya na América Latina está em grandes metrópoles como o Rio de Janeiro. Em uma das populações de Aedes albopictus da cidade, foi identificado que quase todos (96,7%) os insetos passaram a transmitir o vírus uma semana após ingerir sangue contaminado.

Ainda não há vacina ou remédio específico contra o chikungunya. O tratamento consiste em hidratação e uso de medicamentos para aliviar os sintomas, que são semelhantes aos da dengue. Conforme a Organização Mundial da Saúde, complicações graves são raras, mas em pessoas idosas a infecção pode levar à morte.

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