Gestão e Qualidade | 16 de agosto de 2022

Transplantes: o sim de uma família salvou o meu amigo

Frase na camiseta de amigos celebra o transplante de Deleon, realizado no HCPA
Transplantes o sim de uma família salvou o meu amigo

O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) atingiu, em julho, a marca de 2.500 transplantes renais. O primeiro procedimento foi realizado em 1977. Recentemente, a pandemia resultou na redução das doações e na diminuição dos transplantes, enquanto a fila de espera não parou de crescer.

Uma das pessoas que estava nesta lista, à espera de um rim, é Deleon Rodrigues, de 41 anos, que foi transplantado em junho no HCPA e sofria de uma condição hereditária em que cistos se desenvolvem nos rins. “Comecei a sentir fraqueza, enjoo, peso nas pernas e não podia tomar nem água. Parece que a gente está envenenado quando o rim não está funcionando”, explica.

Durante cinco anos, três vezes por semana, ele se deslocava cerca de 70 km para fazer hemodiálise e nunca sabia se conseguiria trabalhar nestes dias por conta do mal estar. Enquanto isso, aguardava por seu transplante com medo de que seu estado piorasse com a demora, impedindo o procedimento.


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A espera terminou quando recebeu a ligação em que ouviu o que tanto esperava: foi encontrado um doador compatível. No mesmo dia ele entrou para a cirurgia no Hospital de Clínicas. Foi um sucesso. Para comemorar, a família e amigos encomendaram 60 camisetas com a frase “O sim de uma família salvou o meu amigo”. A palavra amigo foi substituída em alguns casos para irmão, dindo, genro, marido e tio.

Deleon foi transplantado a tempo, mas muitas pessoas não têm esta sorte. Mesmo com a melhora da pandemia de coronavírus, muitos órgãos que poderiam ser doados acabam não chegando em quem precisa. No Brasil, é responsabilidade dos familiares decidir se o falecido irá doar seus órgãos.

Segundo o professor Roberto Manfro, chefe do Serviço de Transplantes do HCPA, “atualmente mais de 3 mil pacientes encontram-se à espera de um órgão ou tecido no Rio Grande do Sul. A generosidade, empatia e cidadania das doações são cruciais para que se salve ou melhore essas milhares de vidas”.

*Uso de depoimentos e imegens autorizados pelo paciente. Com informações HCPA. Edição SS.

 



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