Gestão e Qualidade | 15 de setembro de 2015

Slow Medicine foi tema de palestra de médico italiano no Hospital de Clínicas

“Fazer mais não significa fazer melhor" defendeu Marco Bobbio
Slow Medicine foi tema de palestra de médico italiano no Hospital de Clínicas

“Por uma medicina sóbria, respeitosa e justa”: esta é a definição do Slow Medicine, movimento nascido na Itália em 2011 e que tem como um de seus responsáveis o médico cardiologista do Hospital Santa Croce e Carie di Cueno (Itália) Marco Bobbio. Autor do livro “O Doente Imaginado”, ele apresentou no Hospital de Clínicas palestra com o mesmo tema na sexta-feira, dia 11.

Segundo Bobbio, o ” doente imaginado ” é um paciente existente no imaginário de  médicos e da indústria: uma pessoa mais preocupada com o futuro do que com seu atual estado de bem-estar e que segue a lógica de que ao se fazer mais testes, se tem mais dados, evitando doenças  e aumentando a longevidade. No entanto, é necessário refletir sobre os limites da medicina tecnológica. “A medicina alcançou resultados extraordinários nos últimos tempos. O problema atual é que essas tecnologias podem ser exageradas e capazes até de criar mais prejuízos do que vantagens”. Segundo ele, é necessários que os profissionais de saúde se questionem sobre a real necessidade de determinados procedimentos. “Fazer mais não significa fazer melhor”, afirma.

Escolher com o paciente o curso do tratamento, envolvê-lo nos processos decisórios e prescrever tratamentos e exames conforme o que é aceitável para cada caso são algumas das condutas encorajadas pelo especialista.

Mais informações sobre o tema podem ser encontradas na página do movimento, em www.slowmedicine.it. Para ler o manifesto em português, acesse http://www.slowmedicine.it/Manifesto_PORT.pdf

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