Estatísticas e Análises | 26 de abril de 2017

Pacientes infartados não seguem recomendação de usar estatinas para prevenir novo episódio

Estudos comprovam que medicamentos devem ser usados para o resto da vida
Pacientes infartados não seguem recomendação de usar estatinas para prevenir novo episódio

Pacientes que sobrevivem a um ataque cardíaco costumam ser aconselhados a tomar estatinas para prevenir um segundo ataque, mas a maioria dos pacientes não está seguindo essa recomendação médica e acabam utilizando o medicamento em quantidade inferior ao indicado ou param o tratamento após dois anos da recuperação.

O estudo, realizado pela JAMA Cardiology, analisou dados de 29.932 pacientes com idades entre 66 a 75 anos que foram hospitalizados por causa de um ataque cardíaco de 2007 a 2012 e que receberam uma receita para medicamentos com estatina, como Lipitor ou Crestor.

Em seis meses após a alta hospitalar, 58,9% deles ainda estavam tomando o medicamento. Em dois anos, esse número baixou para 41,6%. Muitos estavam ingerindo doses menores do que prescrito pelo médico e um em cada cinco (25%) tinha parado de utilizar o medicamento completamente.

Em entrevista para o jornal The New York Times, o autor do estudo e professor na escola de medicina de Icahn, localizada em Nova York, Dr. Robert S. Rosenson, explica que não usar o remédio corretamente resulta em um maior risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e angina. “Os prestadores de cuidados [médicos e demais profissionais da área assistencial] de saúde têm a obrigação de educar o paciente”, explica.

Para o médico, e comprovadas pesquisas, as pessoas que continuam fazendo uso da estatina têm menos efeitos adversos ao longo do tempo. Depois de ter um ataque cardíaco, esta é a prevenção necessária para o resto da vida deste grupo de pacientes.

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