Geral | 28 de junho de 2013

Instituto do Câncer comemora sucesso de Congresso Multidisciplinar

Evento abordou as últimas tendências mundiais no tratamento de tumores
Instituto do Câncer comemora sucesso de Congresso Multidisciplinar

Menos de um mês após a realização de evento da American Society of Clinical Oncology (ASCO), em Chicago, no início de junho, Porto Alegre fez seu primeiro encontro para tratar de assuntos mais atuais em relação ao câncer. O 1º Congresso Multidisciplinar em Oncologia, iniciativa do Instituto do Câncer Mãe de Deus, ocorreu entre os dias 21 e 22 de junho.

O objetivo do Congresso era debater e refletir a respeito das últimas tendências no tratamento de tumores – apresentados na ASCO –, novos medicamentos e, um dos pontos mais importantes, abordar a prática de unir especialidades médicas para oferecer cuidados clínicos mais completos e eficientes.

Revelando otimismo com o sucesso do evento, o organizador, Dr. Márcio Boff, concedeu entrevista ao portal Setor Saúde e falou dos principais fatos que marcaram o evento.

Setor Saúde – Como organizador, o Sr. ficou satisfeito com o resultado do Congresso?

Dr. Márcio Boff – Foi sucesso absoluto. Tivemos repercussão de todos os participantes, aceitação, a procura foi grande por novas inscrições. O espaço físico limitou o tamanho do evento, poderíamos ter o dobro de pessoas. O resultado final de comparecimento foi superior a 700 envolvidos. Conseguimos contar com palestrantes de nível nacional e internacional. Todos confirmaram que os melhores resultados são alcançados com equipes multidisciplinares. Montando equipes bem preparadas, equipadas, curamos mais gente.

Setor Saúde – Quais os principais temas dos debates? O que gerou mais polêmica e o que foi mais elogiado/destacado pelos participantes?

Dr. Márcio Boff – O principal ponto foram os resultados multidisciplinares. Comprovamos que os tratamentos, sendo feitos por times adequados, preparados, trazem resultados melhores economicamente e com sustentabilidade. Esse foi o resumo: com equipes fortes, temos resultados mais viáveis. Sobre as palestras, tivemos algumas maravilhosas, como as do Dr. Stephen Stefani e do Dr. Sérgio Azevedo (oncologistas do Instituto do Câncer Mãe de Deus).

Setor Saúde – O objetivo principal foi abordar os temas tratados na ASCO. O evento ampliou o debate com um foco mais voltado para a realidade brasileira e/ou gaúcha?

Dr. Márcio Boff – O evento pós-ASCO, em si, não é para regionalizar os temas. Sem dúvida, a gente faz uma analise mais voltada para as questões do Rio Grande do Sul, do Brasil, mas com a globalização não se pode mais pensar localmente.

Setor Saúde – De que forma o Congresso pode ajudar na integração multidisciplinar dos profissionais da saúde?

Dr. Márcio Boff – O interesse deve ser sempre estar na criação da união entre as especialidades. Isso dá mais sobrevida aos pacientes. Fizemos uma amostra de como o Instituto do Câncer Mãe de Deus faz esse trabalho. Tentamos passar conhecimento, de forma construtiva, para que outros possam adotar esse modelo, que precisa de uma adaptação local, regional. Estamos mostrando o know how. Recebemos muitos convites para dar palestras, estamos servindo de exemplo de como colocar equipes de várias áreas juntas.

Setor Saúde – O que podemos esperar da oncologia em um futuro próximo?

Dr. Márcio Boff – Estamos conseguindo tratar mais pacientes, alcançando melhores resultados e curando cada vez mais pessoas. Os procedimentos estão menos invasivos, proporcionando uma qualidade de vida mais adequada e, certamente, estamos personalizando os tratamentos. Essa busca por tecnologias (mais informações, dados, etc.) ajuda a deixarmos de tratar um paciente e passamos a cuidar de uma pessoa, com suas características específicas, como a resposta individual em relação a um medicamento.

Setor Saúde – As novas tecnologias estão cada vez mais presentes e mudando a realidade de todas as profissões. Na medicina, mais precisamente na oncologia, ela já é uma aliada bem aceita ou ainda há resistência por parte dos profissionais?

Dr. Márcio Boff – Durante o congresso falamos mais de tecnologias como robótica, cirurgias menos invasivas. Não só gostamos da tecnologia, como achamos que ela melhora o acesso a informações, o contato interpessoal, permite reuniões online, videoconferências. Tudo é muito importante para a melhora da medicina.

Setor Saúde – Com o sucesso da primeira edição, a ideia agora é realizar o Congresso com que frequência?

Dr. Márcio Boff – Foi o primeiro congresso, era um projeto piloto, queríamos ver a necessidade do mercado. Como o retorno foi muito grande, já estamos planejando a edição de 2014 na mesma época, logo após a ASCO. Agora temos que nos adaptar para receber um público maior, além de mais quatro ou cinco áreas médicas que querem ser incluídas no projeto.

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