Gestão e Qualidade | 3 de março de 2022

Hospital Tacchini realiza primeira captação de múltiplos órgãos de 2022

O procedimento foi realizado a partir de parceria entre profissionais do Tacchini e uma equipe de médicos cirurgiões e enfermeiros do Hospital das Clínicas de Porto Alegre
Hospital Tacchini realiza primeira captação de múltiplos órgãos de 2022

Durante o mês de fevereiro, a Comissão Intra Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Tacchini realizou a primeira captação de múltiplos órgãos em 2022. O procedimento, realizado a partir de uma parceria entre profissionais do hospital bento-gonçalvense e por uma equipe de médicos cirurgiões e enfermeiros do Hospital das Clínicas, de Porto Alegre, permitiu a doação de pulmões, fígado, rins, córneas e ossos dos membros inferiores.

As etapas da doação

O primeiro passo para viabilizar a doação foi a confirmação de morte encefálica do paciente de 26 anos, realizada por meio de dois exames clínicos e um exame de imagem, em intervalos de tempo diferentes. Após isso, é preciso buscar a aprovação da família para o procedimento.

“A decisão sobre a doação é um dos mais difíceis para a família, mas é também uma oportunidade de aumentar ainda mais o legado daquela pessoa que se foi. O encerramento irreversível dessa vida se tornou um novo ponto de partida para outras cinco pessoas. Tenho certeza que, de alguma forma, saber disso traz um pouco de conforto aos que perderam um ente querido”, descreve a enfermeira responsável pelo CIHDOTT do Hospital Tacchini, Ana Turmina.

As permissão dos familiares deu início a uma corrida contra o tempo para encontrar doadores compatíveis a partir da Central de Transplantes do RS. A partir dessas definições é que os profissionais de saúde da capital gaúcha começaram o deslocamento aéreo até Bento Gonçalves para realizar a captação. Da entrada no centro cirúrgico do Tacchini até o fim do procedimento, foram cerca de 6h30 de operação.


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Logística envolvida

Com vida útil fora do corpo menor do que os demais órgãos, os pulmões receberam prioridade na captação e no transporte. Eles foram levados de volta à capital gaúcha no mesmo avião em que os profissionais chegaram a Bento Gonçalves. Em Porto Alegre, outra equipe médica já esperava para realizar o transplante em um paciente compatível que estava na lista de espera.

Os demais órgãos foram transportados por terra, junto do restante da equipe da capital gaúcha, em um veículo cedido pela Prefeitura de Bento Gonçalves.

“Em momentos assim toda a equipe é acionada. Literalmente corremos contra o tempo para que nenhum órgão captado seja perdido. A parceria do poder público e um aeródromo bem estruturado ajudam muito em situações como essa”, complementa Ana Turmina.

Todos os órgãos doados foram transplantados com sucesso.

FOTO: Alexandre Brusa/Tacchini



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