Estatísticas e Análises | 7 de dezembro de 2022

Diagnóstico em fases iniciais é uma das ferramentas mais poderosas no combate à progressão do Alzheimer

Testes com biomarcadores precisos são capazes de antecipar em 15 anos o diagnóstico da patologia
Diagnóstico em fases iniciais é uma das ferramentas mais poderosas no combate à progressão da Doença de Alzheimer-

Dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2021, cerca de 1,2 milhão de brasileiros apresentavam alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados a cada ano [1]. Em todo o mundo, o número chega a 50 milhões e, segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International, os números poderão alcançar 74,7 milhões em 2030 e 139 milhões de pessoas em 2050, devido ao envelhecimento da população e a quatro fatores de risco associados à Doença de Alzheimer (DA), como: tabagismo, obesidade, altos níveis de glicose no sangue e escolaridade [2]. Esse cenário mostra que a doença traz consigo uma crise global de saúde que precisa ser enfrentada, especialmente, por ser uma patologia neurodegenerativa, ainda sem cura e que afeta, majoritariamente, pessoas acima de 65 anos de idade.

O médico Gustavo Bruniera, patologista clínico e coordenador de Serviço de Líquor do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que a progressão da DA acontece em fases: “A doença se inicia de 15 a 20 anos antes mesmo do seu primeiro sintoma clínico. Então, esse paciente que já tem uma patologia, sem manifestação clínica, entra numa fase de ‘Comprometimento Cognitivo Leve’ (CCL ou MCI) e, depois, passa para um estágio mais avançado da doença, de demência, que pode ser leve, moderado ou grave”. O termo CCL é frequentemente usado para se referir a um conjunto de sintomas relacionados à memória ou a outras funções cognitivas e que podem significar uma transição entre cognição normal e demência.

Os sintomas da DA se desenvolvem de forma progressiva, mais comumente começando com comprometimento da memória, seguido de deterioração em outras habilidades cognitivas, resultando em perda gradual da capacidade de realizar atividades da vida diária e impactando a memória, a linguagem e a percepção do mundo. Provoca alterações no comportamento, na personalidade e no humor do paciente. Portanto, a busca por um médico especialista e por um diagnóstico no momento certo é crucial para aconselhamento, planejamento de tratamento e cuidados mais adequados para cada fase da doença.


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Testes com biomarcadores inovadores

Com mais de duas décadas de pesquisa científica sobre a Doença de Alzheimer, a Roche Diagnóstica vem trabalhando em testes com biomarcadores inovadores para resolver questões clínicas e detectar a doença em seus estágios iniciais, contribuindo para interromper sua progressão e, assim, preservar o que torna as pessoas quem elas são. “Estamos trazendo para o mercado os testes IVD, em amostras de líquido cefalorraquidiano (LCR), que aumentam a precisão do diagnóstico e a confiança do médico”, explica Carlos Martins, presidente da Roche Diagnóstica no Brasil.

Os critérios clínicos atuais para o diagnóstico da DA requerem que o paciente apresente algum grau de demência, sendo feito, na maioria das vezes, pela exclusão de outras patologias. Nesse sentido, a Roche Diagnóstica traz ao mercado uma tecnologia capaz de avaliar a dosagem de proteínas no líquor que possuem associação com a doença de Alzheimer. A dosagem dessas proteínas, também conhecidas como biomarcadores TAU e beta-amiloide, permitem o diagnóstico e são detectáveis na fase de Comprometimento Cognitivo Leve. Acúmulo de beta-amiloide e tau são as principais características patológicas do Alzheimer, que podem surgir 15 anos antes do início dos sintomas.

O CCL é um fator de risco significativo para demência e pode, em alguns casos, representar a fase prodrômica da DA ou outros distúrbios neurodegenerativos. Cerca de 35% dos pacientes que apresentam este fator evoluem para demência com traços de Alzheimer [3]. Existem muitas causas de CCL, nem todas estão relacionadas a distúrbios neurodegenerativos progressivos. “O diagnóstico clínico em um paciente com comprometimento cognitivo leve é extremamente desafiador, por isso há necessidade de testes diagnósticos mais precisos, como o nosso”, explica Carlos Martins.

Outro benefício do teste da Roche Diagnóstica é a automação, algo muito relevante tanto para os laboratórios quanto para o paciente. Com ele, é possível simplificar o processo de execução, além de excluir interferentes por ser um sistema fechado de diagnóstico. Dessa forma, o laboratório passa a ter uma maior padronização, levando a resultados de alta precisão para os pacientes e, também, de uma forma mais rápida.

Referências:
[1] Ministério da Saúde: Link

[2] Alzheimer’s Disease International: Link

[3] Wiley Online Library: Link

 

 

 



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