Estatísticas e Análises, Mundo | 27 de maio de 2015

Clorexidina se mostra eficaz na prevenção de infecções hospitalares

Limitação do contato com pacientes apresentou resultados inferiores
Clorexidina se mostra eficaz na prevenção de infecções hospitalares

Um novo estudo, apresentado em reunião da Sociedade de Epidemiologia dos Serviços de Saúde da América, indica que dar banho nos pacientes com o sabão normalmente utilizado em ambiente hospitalar (clorexidina) é tão eficaz na prevenção da transmissão de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM) quanto a prática habitual de evitar o contato entre profissionais de saúde e pacientes.

As infecções provocadas por SARM e outros agentes semelhantes, são motivo de crescente preocupação nos serviços de saúde em todo o mundo. Estima-se que, nos EUA, diariamente cerca de um em cada 25 pacientes nos hospitais contraia uma infecção resultante dos cuidados prestados na instituição de saúde.

Segundo os investigadores da Los Angeles Biomedical Research Institute at Harbor-UCLA Medical Center (LA BioMed), pacientes com restrições de contato passam menos tempo com os seus médicos, o que pode significar que os serviços prestados podem ser de menor qualidade. Mais de 15% dos pacientes hospitalizados nos EUA estão expostos a isolamento físico e aos riscos associados ao contacto limitado com os profissionais. A investigação apresenta uma alternativa a este método de prevenção de transmissão de doenças em hospitais e que pode melhorar os cuidados prestados aos pacientes.

James McKinnell, coordenador do estudo, descobriu que os casos de contaminação diminuíam quando os pacientes eram lavados com clorexidina em comparação ao isolamento. “A nossa investigação revela que dar banho nos pacientes pode ser tão eficaz na prevenção da transmissão de doenças quanto à prática comum de limitação do contato com pacientes”, destacou McKinnell, no site da LA BioMed.

Os cientistas compararam a transmissão de SARM em três unidades de cuidados intensivos durante seis meses. Durante o período em que os profissionais adotaram a limitação de contato, foram registrados nove casos de contaminação, enquanto houve sete casos documentados de contaminação durante o período em que apenas foi utilizada a prática de dar banho nos pacientes com clorexidina.

“Ainda serão necessários mais estudos, mas estas descobertas poderão ser muito importantes no desenvolvimento de uma forma relativamente pouco dispendiosa, mas eficaz, para a prevenção da disseminação de infecções potencialmente fatais contraídas em hospitais e para a melhoria dos cuidados de saúde”, concluiu McKinnell.

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