Estatísticas e Análises | 14 de julho de 2014

Casos de dengue em Porto Alegre reduzem 97% em um ano

Nos primeiros seis meses, apenas cinco casos foram confirmados
Casos de Dengue reduz

Ao contrário de 2013, quando Porto Alegre e o Rio Grande do Sul registraram alto número de pessoas infectadas pela dengue, neste ano ocorreu redução quase total. Nos primeiros seis meses de 2014, apenas cinco casos foram confirmados, uma queda de 97% em comparação ao mesmo período no ano passado.

O Estado teve um total de 424 casos em 2013, aumento de 250% (Veja aqui) em relação ao ano anterior, com mais da metade das ocorrências sendo de Porto Alegre. Agora, a Secretaria Municipal de Saúde registrou apenas cinco pacientes com dengue desde janeiro, moradores dos bairros Medianeira, Santa Tereza e Teresópolis.

Para evitar epidemia, uma nova organização nas ações de prevenção e controle da dengue foi implantada na SMS e, desde outubro passado, as atividades foram regionalizadas e foram intensificadas as ações dos Agentes de Combate a Endemias às Gerências Distritais de Saúde, sob supervisão da Coordenação de Atenção Primária da SMS.

Por meio de 714 armadilhas, instaladas em 23 bairros, Porto Alegre faz monitoramento da infestação do mosquito Aedes aegypti adulto. Essa medida permite o acompanhamento semanal da presença do mosquito vetor da dengue e contribui para o direcionamento das ações de prevenção para as áreas prioritárias.

Nova vacina oferece pouca proteção para crianças

Em uma pesquisa clínica apresentada parcialmente em abril, a empresa farmacêutica Sanofi apresentou a primeira vacina contra a dengue, com resultados animadores (Veja aqui), que indicam a possibilidade de reduzir a incidência da doença em 56%. Os resultados completos da vacina foram divulgados no dia 11 de julho, na publicação especializada The Lancet.

Os dados indicam que a vacina é segura e que reduziu os casos mais graves de dengue hemorrágica em quase 90%. Em contrapartida, ofereceu pouca proteção para crianças – grupo de maior risco de contrair dengue – e ineficácia no combate a uma das quatro estirpes da doença viral. Assim, a droga serviria mais como um reforço imunológico para pacientes com alguma exposição prévia, sendo mais útil em regiões tropicais onde a dengue é comum, e não como uma vacina para viajantes. O estudo foi realizado pelo Instituto de Pesquisa de Medicina Tropical nas Filipinas e financiado pela Sanofi.

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