Estatísticas e Análises | 31 de janeiro de 2018

Brasil é segundo país com mais casos de Hanseníase

O RS é o estado brasileiro com menor taxas de registro da doença
Brasil é segundo país com mais casos de Hanseníase

No último domingo de janeiro, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Hanseníase. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil teve uma queda de 37% no registro de novos casos. Porém, o país é considerado o segundo no mundo com mais incidências de hanseníase, ficando atrás apenas da Índia.

Uma das doenças mais antigas do mundo, a hanseníase ainda é desconhecida por grande parte da população. Confundida com outras dermatites, a enfermidade tem cura e tratamento quando diagnosticada precocemente. Identificada por manchas avermelhadas na pele, em regiões com pouco ou nenhuma sensibilidade, a hanseníase pode afetar também os nervos periféricos, causando até paralisia nos membros.

Segundo o dermatologista do Hospital São Lucas da PUCRS, Luiz Carlos Campos, a hanseníase não é transmitida facilmente. “Aproximadamente 80% da população tem resistência contra o bacilo causador da doença. A transmissão é via oral, mas não em exposições esporádicas. Deve haver convivência com o doente”, explica Campos, que chefia o Serviço de Dermatologia do hospital gaúcho.

Anos se passaram e a hanseníase, conhecida também como lepra, passou a ser uma doença tratável, e na maioria dos casos as chances de cura é de 100%. Desde a década de 60, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a não utilizar o tratamento de isolamento para os casos. Hoje em dia, o portador da enfermidade pode obter o tratamento poliquimioterápico na rede pública, em todo mundo.

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