Gestão e Qualidade, Política | 28 de novembro de 2012

Agenda 2020 apresenta estudos para melhorar a qualidade de vida dos gaúchos

Documentos com os resultados dos diagnósticos nas cinco áreas prioritárias serão entregues aos prefeitos eleitos em outubro deste ano
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A Agenda 2020 apresentou no dia 26 de Novembro os resultados do estudo realizado nos 24 municípios gaúchos com população acima de 90 mil habitantes que, juntos, representam cerca de 60% do PIB do RS. Os temas debatidos no encontro foram: Saúde, Segurança, Infraestrutura, Educação e Inovação. A área da saúde foi apresentada pelo médico Dr. Antonio Quinto Neto, voluntário do Grupo Temático da Saúde, que tem coordenação do presidente da FEHOSUL, Dr. Cláudio José Allgayer. Acompanharam o evento, além de prefeitos eleitos em outubro deste ano, o vice-presidente da FEHOSUL, deputado estadual Pedro Westphalen, e o Diretor Executivo da Federação, Dr. Flávio Borges.

A abertura do evento foi feita pelo empresário Jorge Gerdau Johannpeter, que abordou a questão dos “Desafios da sociedade e o papel das prefeituras” quando falou sobre a necessidade do setor público em utilizar ferramentas de gestão que dão certo na iniciativa privada. “O sucesso do país só pode ser alcançado se a gestão das prefeituras, governos estaduais e do governo federal estiver alinhada com planejamento estratégico, metas e objetivos”, desafiou o empresário.

Gerdau também deu um exemplo na área da saúde que alcançou sucesso com a aplicação de métodos e técnicas de gestão. Ele relatou a experiência da Santa Casa de Porto Alegre que, na sua opinião, é um exemplo por ter “utilizado com sabedoria e domínio os processos necessários para uma boa administração. Eles conseguiram diminuir filas, aumentar o atendimento e conquistar prêmios de qualidade”, relembrou.

Sobre a área da Saúde, o médico Dr. Antonio Quinto Neto fez uma breve explanação sobre o diagnóstico feito sob o comando do presidente da FEHOSUL, Dr. Cláudio José Allgayer, ao longo do primeiro semestre deste ano. O trabalho apurou a situação da saúde em 24 municípios gaúchos e os resultados estão baseados em quatro eixos estratégicos: financiamento, gestão, acesso e qualidade assistencial.

De acordo com o Dr. Quinto, a segunda etapa do trabalho será, nos próximos meses, fazer uma análise comparativa entre o modelo do SUS e da saúde suplementar, sempre utilizando os quatro eixos como referência para os estudos. “No SUS o paciente não tem poder de escolha, apenas na saúde suplementar. Vamos comparar os dois sistemas ver suas diferenças e o que pode ser melhorado em cada um para contribuir com uma saúde de mais qualidade aos gaúchos”.

Entre os principais desafios na área da saúde que os prefeitos deverão enfrentar ao longo dos próximos quatro anos estão o gerenciamento do setor pelas gestões municipais; o reconhecimento externo por meio de certificações ou outras metodologias, garantindo assim mais qualidade ao serviço oferecido; maneiras mais eficientes de financiamento; e cumprimento dos pisos obrigatórios para a aplicação dos recursos na área da saúde.

Para o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, apesar do estudo abordar questões significativas, às vezes a reflexão proposta pela sociedade não encontra efeitos práticos nas administrações públicas. “Temos que terminar com a cultura do Estado paternalista, que tudo pode. A gestão dos municípios não é só do prefeito, mas dos vereadores e também da sociedade civil. Porém, não podemos esquecer que é muito fácil determinar o aumento de vagas na educação básica ou que devemos melhorar o acesso à saúde com qualidade. Mas, muitas vezes, as decisões são tomadas e não há contrapartida dos governos estaduais e federal para garantir o suporte necessário para a aplicação das novas determinações”, declarou Fortunati.

 

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