Mundo | 2 de abril de 2014

Desvendando o cérebro humano

Aceleram pesquisas nos EUA e Europa para melhor entender o funcionamento do cérebro
Desvendando o cérebro humano

Mapear cada neurônio do cérebro humano é o próximo “grande projeto” dos EUA. O presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou a Iniciativa BRAIN, que terá investimento de US$ 100 milhões e acelera uma corrida global. Um trabalho semelhante será realizado no Velho Continente, onde a União Europeia investirá em torno de € 1,2 bilhão, ao longo de dez anos, para criar uma simulação computadorizada do cérebro humano, começando pela estrutura de moléculas individuais e avançando progressivamente por estruturas cada vez maiores.

Os especialistas crêem que a compreensão do funcionamento físico-químico do cérebro pode revelar a cura para doenças como o Mal de Alzheimer e o Mal de Parkinson. Se, do lado europeu, a procura é pelo entendimento do cérebro por meio da simulação computadorizada, pelo lado americano a Iniciativa BRAIN busca mapear os neurônios vivos em tempo real, o que possibilitará mapas de cérebros vivos pela primeira vez.

As atuais tecnologias, como a ressonância magnética e o eletroencefalograma, podem revelar o funcionamento do cérebro, mas em baixa resolução e mostrando apenas as atividades de grandes estruturas. Para um nível mais detalhado, a Iniciativa BRAIN foca nos neurônios individuais e grupos pequenos de neurônios.

As novas tecnologias de imagem terão de acompanhar a atividade de milhares, milhões ou até bilhões de neurônios de cada vez, para construir uma imagem coerente de como os neurônios trabalham em conjunto e, assim, entender o funcionamento do cérebro.

Um total de US$ 110 milhões para a elaboração da Iniciativa BRAIN foi dividido entre três agências do governo: Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês), Agência de Projetos de Pesquisa Avançada e Fundação de Ciência Nacional. Os recursos serão usados, ao longo de 2014, em pesquisas para classificar os tipos de células do cérebro, em desenvolvimento de novas técnicas de imagem, na análise dos circuitos cerebrais, entre outras tarefas inovadoras.

O projeto, apesar de ambicioso, não deverá trazer resultados em curto prazo. Os pesquisadores passarão os primeiros cinco anos focados apenas nos sistemas nervosos de organismos simples, como nematoides (animais cilíndricos e alongados, que incluem muitas formas parasitas de plantas e animais), evoluindo gradualmente até chegar – em uma perspectiva de 15 anos – ao cérebro de um camundongo.

As informações são do site Ge Reports Brasil.

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