Segurança e qualidade: Pesquisa da ANAHP e Wolters Kluwer aponta a realidade dos hospitais privados
Para 69%, equilibrar custos e manter altos níveis de qualidade do cuidado será o principal desafio dos hospitais nos próximos três anos.Com o objetivo de compreender a maturidade dos hospitais com relação à qualidade do cuidado e à segurança do paciente, a ANAHP (Associação Nacional de Hospitais Privados) e a Wolters Kluwer Health, provedora de tecnologias de suporte à decisão clínica e soluções baseadas em evidência, acabam de anunciar uma pesquisa inédita que retrata o atual cenário dos hospitais privados no Brasil. O estudo, que contou com a participação de 74 instituições associadas à ANAHP, reflete como as ferramentas de suporte à decisão clínica e as bases de conhecimento baseadas em evidências podem contribuir para a evolução do setor.
De acordo com a Diretora de Estratégia de Mercado e Comercial de Global Growth Markets da Wolters Kluwer, Natália Cabrini, analisar a maturação das instituições quanto à qualidade do cuidado e entender o nível de segurança dos pacientes é fundamental para identificar as áreas que necessitam de aprimoramento. “Acreditamos que a inovação tecnológica é uma poderosa aliada, capaz de redefinir os padrões de excelência na promoção da saúde e no atendimento aos pacientes. Tendo isto em vista, a pesquisa proporciona uma visão completa do cenário de saúde e contribui para identificar as oportunidades de desenvolvimento do segmento”, explica.
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O impacto da tecnologia para a qualidade do cuidado
Entre os principais resultados da pesquisa destaca-se a ampla utilização de soluções tecnológicas nos processos clínicos. Com base nas informações obtidas, 78% dos hospitais utilizam algum recurso de suporte à decisão clínica para ajudar médicos e equipe clínica no atendimento ao paciente.
Além disto, 77% já utilizam soluções integradas ao fluxo de trabalho clínico e 85% contam com alguma ferramenta de referência de medicamentos para o processo de medicação, desde a prescrição até a administração.
Para os hospitais participantes, as principais utilidades das ferramentas de suporte à decisão clínica, segundo ordem de importância, são aumentar a segurança do paciente, prevenir eventos adversos e reduzir a variabilidade clínica indesejada.
Outro ponto de destaque no estudo está relacionado à percepção dos participantes no que diz respeito à importância destas ferramentas. Para 61%, é extremamente relevante o acesso a bases de conhecimentos clínicos baseados em evidências para utilização do corpo clínico no quesito segurança do paciente.
Quanto à utilização de soluções de suporte à decisão clínica para aprimorar o nível da qualidade do cuidado, 55% consideram extremamente relevante. A partir disto, para a totalidade dos respondentes, as ferramentas de suporte à decisão clínica podem auxiliar as instituições a alcançarem melhorias operacionais e redução de custos relacionados à assistência médica.
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Os desafios que permeiam o setor de saúde
O estudo abordou ainda os principais desafios com relação ao futuro da saúde, com o intuito de oferecer insumos para o que segmento siga se desenvolvendo.
Neste contexto, a pesquisa aponta que, para os próximos três anos, os principais desafios para os hospitais, no que tange à qualidade do atendimento e segurança do paciente, são equilibrar custos e manter altos níveis de qualidade do cuidado, contratação e retenção de bons profissionais, além de adicionar mais valor ao prontuário eletrônico por meio de integrações de novas soluções de tecnologia clínica.
Além disso, mesmo que 70% das instituições participantes apontem que as equipes clínicas percebem a adoção de novas tecnologias com moderada ou alta receptividade, quando se trata de otimizar o uso tecnológico, considerando o fluxo de trabalho clínico, para 89% dos hospitais, o principal desafio é aumentar o engajamento das equipes na adesão de mudanças de processos ou adesão de novas tecnologias.
No que diz respeito aos desafios para garantir a segurança do paciente, os três mais citados são: fomentar uma cultura de comunicação clara e consistente entre as equipes de atendimento; gerenciar o alinhamento de informações entre as equipes clínicas; e redução/prevenção de eventos adversos.
Segundo Natália, além de auxiliar na compreensão da maturidade das instituições de saúde com relação à qualidade do cuidado, segurança do paciente e adoção de soluções tecnológicas, o estudo proporciona insights valiosos para o desenvolvimento de estratégias cada vez mais efetivas para o setor.
“Com base nas informações coletadas, os gestores de saúde estarão mais preparados para tomar decisões estratégicas, investindo em tecnologias e soluções que impulsionem a qualidade do cuidado, a eficiência operacional e a sustentabilidade financeira das instituições”, acrescenta a executiva.
Telemedicina como aliada da qualidade da atenção prestada ao paciente
O estudo abarcou ainda a perspectiva sobre o papel exercido pela telemedicina para o desenvolvimento do segmento de saúde. A partir disto, para 47% dos respondentes, a telemedicina é muito importante no fluxo de atendimento ao paciente.
Além disso, a pesquisa apontou que em 45% das instituições, a telemedicina é aplicada como opção de atendimento primário via teleconsultas. Para 43% o recurso é utilizado em treinamento remoto da equipe clínica, em 32% na divulgação de resultados de exames, em 31% no monitoramento remoto de pacientes, em 18% na educação ao paciente e em 12% no processo inicial da admissão de pacientes.
“Os dados da pesquisa reforçam que a busca pela qualidade do cuidado e a segurança do paciente são uma prioridade para os hospitais. Desta forma, torna-se evidente que, ao enfrentar os desafios futuros de forma estratégica e adotar as ferramentas adequadas para garantir o conhecimento necessário, o setor estará melhor preparado para fornecer atendimento de excelência e promover a evolução contínua dos serviços prestados”, finaliza Natália.
A pesquisa na íntegra pode ser acessada neste link.