Jurídico, Mundo, Tecnologia e Inovação | 12 de abril de 2013

Robôs usados em cirurgias estão sob investigação nos EUA

Agência de vigilância sanitária americana vai fazer levantamento após relatos de incidentes e mortes em operações
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A FDA (Agência norte-americana que regula remédios e aparelhos médicos) está investigando as cirurgias robóticas feitas com o equipamento da Vinci após o aumento do número de relatos de problemas nos Estados Unidos. Em 2012, foram quase 370 mil procedimentos realizados nos EUA com o aparelho. As notificações recebidas pela agência incluem cinco mortes desde o ano passado que podem estar ligadas a esse tipo de cirurgia.

Entre os relatos está uma operação para a retirada do útero em que a paciente morreu porque o robô, controlado pelo cirurgião, cortou acidentalmente um vaso sanguíneo.

Outro incidente relatado à FDA é o caso de um braço robótico que não queria desgrudar de um tecido em uma cirurgia de intestino, forçando os médicos a desligar o aparelho para que as pinças se abrissem.

A escalada de problemas também pode estar relacionada a um crescimento no uso do robô da Vinci nos EUA. Só em 2012, o equipamento foi usado em quase 370 mil cirurgias, um número três vezes maior do que em 2008.

Brasil

No Brasil, segundo o distribuidor do da Vinci no país, não há registro de complicações graves que tenha causado a morte de pacientes. De 2008 a 2012, foram realizadas cerca de 2,5 mil cirurgias robóticas no país.

Há robôs da Vinci nos hospitais Albert Einstein, Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz e Nove de Julho, em São Paulo, e no Hospital Samaritano e no Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Rio.

 

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