Política | 11 de dezembro de 2012

Pedro Westphalen preocupado com a situação do IPE

Deputado e vice-presidente da FEHOSUL fez discurso na Assembleia alertando sobre a crise na instituição
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O deputado estadual e vice-presidente da FEHOSUL, Pedro Westphalen, utilizou a Tribuna da Assembleia Legislativa (AL) para manifestar sua preocupação sobre o difícil relacionamento entre os prestadores de serviços e o IPE.

“Quero chamar a atenção para essa situação a fim de que fiquem atentos. Estamos em assembleia há mais de uma semana, e extremamente preocupados com alguns avanços que deixaram de acontecer como o não cumprimento do pagamento de um passivo já acordado de 27 milhões de reais. O segmento começa a se assustar em razão do que ocorreu com o IPE no passado”, discursou o deputado.

O parlamentar relembrou a história recente do IPE, desde o governo de Germano Rigotto até os dias atuais. De acordo com o deputado, no início do governo Rigotto houve a decisão da separação em IPE-Saúde e IPE-Previdência o que, na opinião de Pedro Westphalen, foi acertada.

“A decisão do governador Rigotto de elaborar o projeto de separação, a emenda que apresentamos que criou o Grupo Paritário, resultou depois, no governo Yeda, na austeridade com que foi conduzida a gestão pública, não somente na recuperação do fundo de 198 milhões de reais, como no pagamento desse passivo. Dessa forma, foi possível reduzir os atrasos que eram, em média, de 10, 12 meses – quatro, cinco meses eram sistemáticos. Hoje, o IPE paga três vezes ao mês –, fruto de um trabalho de cumprimento do Fundo de Assistência à Saúde (FAS), que era o único recurso que, por lei, não podia ir para o caixa único”, relatou.

A questão das glosas 2005-2009 – um assunto que sempre está na pauta das reuniões do Grupo Paritário – também foi lembrado pelo vice-presidente da FEHOSUL, deputado Pedro Westphalen. Ele citou a redução do valor de R$ 50 milhões para os R$ 27 milhões atuais, além da falta de pagamento que se estende há pelo menos dois anos.

Pedro Westphalen afirmou que já é possível perceber que o Estado está usando o caixa único, e que o valor disponível no FAS está diminuindo. “Isso vem preocupando os prestadores, que não veem perspectiva de recuperação. Há também a questão da ausência de reajuste nas tabelas remuneratórias deste ano que deveria ter ocorrido, mas não aconteceu. Ainda não foi feita a recuperação, e já existem alguns pequenos atrasos pontuais, extremamente preocupantes, que dão mostras de que algo possa estar muito mal no IPE”.

Retornar ao passado de problemas com o IPE é uma situação que ninguém quer. Por isso, desde novembro, a FEHOSUL está em assembleia permanente. Westphalen alertou ainda que o atual governo tem a responsabilidade de fazer com que não ocorra retrocesso na relação da instituição com os prestadores de serviços – médicos, hospitais, clínicas e laboratórios.

“Agora começamos a sentir a diminuição do FAS, o não cumprimento do que foi acordado, a não valorização do Grupo Paritário. Não se está mais discutindo a questão como deveria ser discutida “, desabafou Pedro Westphalen.

No encerramento de seu pronunciamento na Tribunal da AL, o deputado registrou a constante preocupação do setor saúde com os rumos do IPE e reforçou a informação sobre a assembleia permanente que foi instalada na FEHOSUL para tratar de tema, revelando a insatisfação expressa da categoria.

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