Gestão e Qualidade | 27 de novembro de 2023

Monitoramento de usuários frequentes reduz despesa de empresa com planos de saúde

“Avaliar as condições de saúde de cada uma dessas pessoas e implantar projetos de prevenção e controle de doenças crônicas, grandes geradoras de exames e consultas, é fundamental”, diz Guilherme Hahn, CEO da AsQ..
Monitoramento de usuários frequentes reduz despesa de operador logístico com planos de saúde

Estudo realizado pela AsQ, especializada em gestão da saúde, para um operador logístico e de transportes de Santa Catarina, apontou que dos 2.997 colaboradores atendidos pelo plano de saúde da empresa, 368 colaboradores e/ou dependentes, ou seja, 12,2% do total,  representam 80% do custo assistencial da empresa. Os dados traduzem em números uma ideia nem sempre adotada por gestores de planos de saúde: a atenção a pontos críticos da operação pode gerar economia sem comprometer a qualidade do atendimento aos beneficiários.

“Não há solução mágica para o controle dos chamados high users, principalmente porque todo plano deve garantir atendimento de qualidade aos beneficiários. Mas diversas ações podem ser implementadas para diminuir as despesas e melhorar a ‘saúde’ do próprio plano, garantindo a continuidade do atendimento a todos os beneficiários”, diz o CEO da AsQ, Guilherme Hahn.


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O ponto de partida é a estratificação dos beneficiários, com a definição de públicos que exigem maior atenção. No caso analisado, por exemplo, as ações emergenciais deveriam ser focadas na parcela de 368 pessoas que mais utilizam o plano. “Avaliar as condições de saúde de cada uma dessas pessoas e implantar projetos de prevenção e controle de doenças crônicas, grandes geradoras de exames e consultas, é fundamental”, diz Guilherme Hahn.

No caso analisado, havia baixa adesão dos beneficiários do plano a medidas essenciais, como a realização periódica da mamografia, do preventivo de câncer de colo do útero e da colonoscopia. “Medidas de conscientização, que são mais fáceis de fazer em grupos restritos, poderiam melhorar os números e aumentar a chance de diagnósticos precoces”, diz o executivo. “Prevenção e acompanhamento próximo dos pacientes também reduzem o número de consultas de emergência, mais caras do que as tradicionais, de exames realizados e até de internações por complicações”.

O grupo dos usuários intensivos do plano de saúde da empresa analisada fazia, em média, 40,4 exames anuais (a média registrada pela Agência Nacional de Saúde é de 20,6 exames/ano). Quase metade dos pacientes analisados (180 pessoas) foi internada pelo menos uma vez ao longo do ano. Estimativas da AsQ indicam que o maior controle das internações e exames poderia gerar economia de aproximadamente R$ 800 mil anuais para a responsável por financiar o plano.

Monitoramento de usuários frequentes reduz despesa de operador logístico com planos de saúde-

 

 



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